Nos últimos anos, o debate sobre cidades inteligentes deixou de ser um conceito futurista para se tornar uma necessidade prática e estratégica, especialmente para os municípios de pequeno e médio porte.
A Portaria MCID nº 1.012/2025, publicada pelo Ministério das Cidades, estabelece as diretrizes para que os municípios elaborem suas próprias estratégias de transformação digital. Ela orienta a integração entre planejamento urbano, inovação tecnológica e governança participativa, promovendo cidades mais conectadas, inclusivas e resilientes.
No entanto, implementar esse tipo de transformação ainda é um desafio, sobretudo para os municípios menores, que enfrentam restrições orçamentárias, carência técnica e dificuldade de integração entre setores.
Mais do que uma mudança tecnológica, o processo de ser uma cidade inteligente envolve repensar o papel da administração municipal, capacitar os servidores públicos, e estimular a participação cidadã.
O desafio da inovação nos municípios menores
Nos municípios de pequeno e médio porte, a inovação costuma ser vista como um objetivo distante. A limitação de recursos financeiros, a escassez de mão de obra qualificada e a dependência de repasses federais e estaduais dificultam a implementação de projetos estruturantes.
Entretanto, esses mesmos municípios têm algo que as grandes metrópoles muitas vezes perderam: proximidade com a população e agilidade na tomada de decisão.
A inovação local ocorre quando há cooperação entre atores públicos, privados e sociais, resultando em novas formas de lidar com problemas antigos — seja no saneamento, na iluminação pública, na mobilidade ou na segurança urbana.
Essa cooperação cria uma inovação cívica, isto é, a capacidade de gerar soluções baseadas na escuta, na experimentação e na corresponsabilidade entre governo e sociedade.
É nesse cenário que a Portaria MCID nº 1.012/2025 assume papel central. Ela propõe que cada município desenvolva sua estratégia local de transformação digital, alinhada a políticas nacionais como o Plano Nacional de Internet das Coisas, a Estratégia Brasileira para a Transformação Digital e a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes.
O texto legal destaca que a inovação deve ter como meta solucionar problemas concretos, criar oportunidades e reduzir desigualdades, priorizando a segurança da informação e o letramento digital.Em outras palavras, mesmo os municípios menores podem — e devem — se posicionar como protagonistas na agenda de cidades inteligentes. Com base nessas diretrizes, é possível desenhar planos viáveis e escalonáveis, ajustados à realidade local, e que tragam resultados perceptíveis para a população em pouco tempo.
Por que municípios de pequeno e médio porte devem investir em cidades inteligentes
Investir na transformação digital não é apenas uma questão de modernização administrativa; é uma estratégia de sobrevivência e competitividade.
Cidades menores enfrentam hoje desafios tão complexos quanto os das grandes capitais — crescimento desordenado, déficit de infraestrutura, ineficiência de serviços públicos e vulnerabilidade climática.
A inovação oferece ferramentas para gerir esses desafios com base em dados, integração e previsibilidade. A escala local é o espaço mais fértil para inovação, justamente por permitir experimentação rápida, aprendizado e engajamento direto da comunidade.
O contato próximo com os cidadãos possibilita testar soluções, ajustar políticas e aperfeiçoar o serviço público com rapidez.
A Exati comprova que é possível fazer mais com menos. Sua plataforma integra desde o cadastramento de ativos e gestão de iluminação pública até monitoramento de equipes, indicadores e relatórios automatizados.

Em muitos contratos, especialmente os de Parcerias Público-Privadas (PPPs), os resultados são expressivos: redução de até 30% nos custos operacionais, aumento de mais de 20% na produtividade das equipes, e controle total das ordens de serviço.
Esses ganhos traduzem, na prática, o que a Portaria MCID propõe como diretriz: eficiência e sustentabilidade na gestão urbana.
A adoção de ferramentas inteligentes, dashboards personalizados e processos automatizados permite que os gestores públicos tomem decisões baseadas em evidências — um passo fundamental para fortalecer a credibilidade institucional e a confiança da população.A transformação digital traz impactos positivos sobre a transparência, participação social e controle dos contratos públicos, pilares indispensáveis para a boa governança. Municípios que investem em tecnologia conseguem não apenas prestar contas com mais clareza, mas também envolver a população nas decisões e monitorar resultados em tempo real.
Soluções acessíveis para começar a transformação
Uma das grandes vantagens do momento atual é que a transformação digital deixou de exigir investimentos milionários para gerar impacto. Hoje, existem soluções modulares, escaláveis e adaptáveis, que permitem iniciar a jornada rumo à cidade inteligente com baixo custo e alto retorno.
O primeiro passo, como orienta a Portaria MCID nº 1.012/2025, é integrar as ações digitais ao planejamento urbano e aos instrumentos orçamentários — PPA, LDO e LOA — garantindo que a tecnologia seja parte da política pública e não um projeto isolado, o que significa incluir metas de transformação digital nos planos municipais de mobilidade, habitação, saneamento e iluminação pública.
A Exati oferece justamente esse tipo de integração. Sua Smart City Platform conecta todos os serviços urbanos — iluminação, arborização, pavimentação, saneamento, mobilidade — em um único ambiente digital.
Com recursos como IA para roteirização automática, controle de estoque e materiais em tempo real, relatórios personalizados e análises com base em normas da ABNT, o sistema transforma dados dispersos em decisões estratégicas.
Para os municípios menores, isso significa substituir planilhas e controles manuais por um sistema automatizado, acessível via desktop ou aplicativo móvel, com segurança garantida por certificações ISO e infraestrutura em nuvem (Oracle, Azure, Google Cloud e AWS).
A plataforma também oferece ferramentas de comunicação direta com o cidadão, como aplicativo e chatbot para abertura de chamados, pesquisa de satisfação e integração com ouvidoria.
Assim, a população participa ativamente da gestão urbana, ao mesmo tempo em que o poder público obtém dados valiosos para análise de desempenho e aprimoramento dos serviços.Essa combinação entre tecnologia acessível, segurança da informação e envolvimento comunitário torna possível o que a Portaria define como transformação digital urbana sustentável — uma mudança estrutural, que melhora a gestão e fortalece o vínculo entre governo e sociedade.
O papel das PPPs
Para os municípios de pequeno e médio porte, o caminho para a transformação digital muitas vezes passa por colaboração e compartilhamento de recursos.
As Parcerias Público-Privadas (PPPs) são instrumentos valiosos para ampliar a capacidade de investimento sem comprometer o orçamento local. Elas permitem que o setor privado aporte tecnologia, know-how e infraestrutura, enquanto o município mantém o controle e a fiscalização.
A Exati é referência nacional nesse modelo: atua em mais de 65 PPPs de iluminação pública, incluindo 11 capitais brasileiras como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, e dezenas de cidades de pequeno e médio porte.
Essas parcerias comprovam que cidades inteligentes não são privilégio das grandes metrópoles.
Além das PPPs, os consórcios intermunicipais representam outra alternativa eficiente. Previsto na Lei nº 11.107/2005, esse modelo permite que municípios se unam para ganhar escala na contratação de serviços e soluções tecnológicas, reduzindo custos e ampliando o impacto.
Com o uso de plataformas integradas, é possível centralizar dados, compartilhar infraestrutura e promover uma gestão regional mais eficiente e sustentável. Na prática, isso significa que pequenos municípios, quando organizados em rede, podem acessar as mesmas tecnologias utilizadas nas capitais, mantendo sua autonomia e garantindo o desenvolvimento regional equilibrado.
Capacitação técnica e participação cidadã como diferencial
Nenhuma cidade se torna inteligente apenas com tecnologia. A transformação depende de pessoas preparadas e engajadas, capazes de interpretar dados, operar sistemas e, sobretudo, usar a tecnologia para resolver problemas reais.
A inovação só se sustenta quando há formação continuada dos servidores públicos e participação ativa da população.
Durante as jornadas de inovação, as equipes municipais são convidadas a identificar desafios locais, propor soluções colaborativas e implementá-las com o apoio técnico de especialistas, fortalecendo tanto as competências individuais quanto as institucionais.
A Portaria MCID nº 1.012/2025 reforça essa perspectiva ao prever a capacitação técnica sistemática dos agentes municipais envolvidos em projetos de transformação digital.
Ela orienta que os municípios invistam em temas como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), segurança da informação e redes de dados, alinhando-se ao Programa Nacional de Capacitação das Cidades – Capacidades.
Nesse contexto, a Exati atua como parceira estratégica, oferecendo suporte técnico especializado, painéis de indicadores personalizáveis e relatórios analíticos que facilitam o acompanhamento de metas, prazos e resultados. Com isso, os gestores passam a ter uma visão completa da operação, podendo planejar ações preventivas, otimizar recursos e melhorar o desempenho global dos contratos públicos.
Conclusão
A transformação digital das cidades brasileiras é um processo em curso, impulsionado tanto por políticas públicas como pela atuação de empresas e instituições comprometidas com a inovação sustentável.
A Portaria MCID nº 1.012/2025 fornece um marco normativo robusto para orientar os municípios, enquanto programas como o Cidades que Transformam e soluções como a plataforma da Exati mostram, na prática, que é possível implementar mudanças profundas com planejamento, capacitação e tecnologia acessível.
Para os municípios de pequeno e médio porte, o caminho passa pela integração entre estratégia, inovação e colaboração. A adoção de ferramentas digitais — como as oferecidas pela Exati — permite automatizar processos, reduzir custos, monitorar indicadores e aumentar a transparência.
Já a articulação entre poder público, setor privado e sociedade civil garante legitimidade, aprendizado e continuidade.
O futuro das cidades inteligentes no Brasil não depende apenas das grandes capitais, mas da capacidade dos pequenos e médios municípios de assumirem protagonismo na inovação pública local.
A transformação está ao alcance de quem se dispõe a começar, mesmo que em pequena escala, e a construir uma nova cultura de gestão baseada em dados, eficiência e participação.Em suma, ser uma cidade inteligente é ser uma cidade que aprende, colabora e evolui. E, com as diretrizes certas e o apoio das tecnologias adequadas, qualquer município pode trilhar esse caminho — tornando a inovação uma ferramenta de inclusão, desenvolvimento e qualidade de vida para todos.
Como municípios de pequeno e médio porte podem se tornar cidades inteligentes
Exati
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