As cidades do século XXI são conhecidas pelo uso da tecnologia, da ampla conectividade e de soluções inteligentes. Porém, precisamos nos questionar: quais são os problemas urbanos mais comuns nessas cidades?

Apesar de mais tecnológicos e otimizados, os ambientes urbanos ainda enfrentam problemáticas que precisam ser solucionadas. 

Neste blog preparamos os 3 problemas urbanos mais comuns nas cidades dos séculos XXI. Acompanhe a leitura!

1 – Lixo urbano

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% da população mundial viverá em cidade até 2050. 

Dessa forma, com o aumento exponencial populacional nas cidades, aliado ao fato de estarmos inseridos em uma sociedade consumista, é inevitável que o ambiente em que vivemos sofra consequências negativas. 

O lixo urbano é um desses problemas. Além da geração exagerada dos resíduos, a destinação deles é algo a se preocupar. O ideal é que o lixo primeiramente passe pela coleta seletiva e seja enviado para aterros sanitários, com estrutura para tratamento dos gases e do chorume.  

Porém, segundo o Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana de 2019, nem todo resíduo no Brasil é descartado corretamente. 

De acordo com o estudo, cerca de 70% dos municípios que contam com um planejamento de limpeza urbana e arrecadação específica para este fim possuem destinação adequada para os resíduos – os aterros sanitários. 

No entanto, o índice cai para apenas 28% nas cidades em que não há planejamento sustentável e arrecadação – o que é bastante preocupante no cenário nacional. 

É visto, portanto, que a geração exacerbada de lixo e o descarte incorreto se traduzem como uma grande problemática nas cidades do século XXI. O avanço nessa questão deve partir de diversos setores sociais, como o governo e os cidadãos.  

Do governo se espera o incentivo e viabilização da coleta seletiva e reciclagem, além da estruturação de aterros sanitários nas cidades. Mais do que isso, o poder público deve investir em um planejamento de limpeza urbana efetivo e que envolva toda a sociedade, incentivando a educação ambiental. 

Cabe aos cidadãos, por fim, uma tarefa essencial. Em casa e no dia a dia é possível a prática da coleta seletiva, a redução no consumo, no desperdício e na geração de resíduos. 

2 – Poluição do ar e emissão de gases do efeito estufa

Conforme o estudo supracitado da ONU, os centros urbanos ficarão cada vez mais superlotados. Uma das consequências negativas e um dos problemas urbanos nesse contexto é o da poluição do ar.  

O ar poluído é aquele em que há a presença de substâncias – gases poluentes – provenientes de atividades humanas ou da própria natureza e que coloquem em risco a qualidade de vida das pessoas. 

Os principais emissores desses gases são os automóveis e as indústrias. Os combustíveis dessa natureza estão entre as principais fontes de energia do mundo, movimentando carros, motos, ônibus, caminhões, navios e aviões e contribuindo para o efeito estufa.

Em 2020 muito tem se falado sobre a redução na emissão de gases poluentes na atmosfera pelo isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus. Em São Paulo, por exemplo, a poluição do ar caiu em 50% na primeira semana da quarentena. 

Mas, segundo os especialistas, a menor emissão de gases poluentes durante o confinamento não deve frear a mudança climática que vem ocorrendo no mundo. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) explica que a pandemia de COVID-19 deve frear 6% da emissão dos gases causadores do efeito estufa para a atmosfera. 

Porém, o próprio órgão alerta que essa mudança é apenas temporária e ações a longo prazo devem ser pensadas para conter o aquecimento global.  

3 – Mobilidade urbana

A questão da mobilidade urbana é amplamente tratada atualmente pela sua utilidade no dia a dia da sociedade. 

Muito se discute sobre a diversificação dos modais e quais as melhores soluções para diminuir os congestionamentos, a emissão de poluentes e o tráfego excessivo de veículos. 

Os desafios relacionados à mobilidade urbana dizem respeito principalmente a má estruturação do transporte coletivo e uso excessivo dos veículos individuais. 

É nesse sentido que, segundo o levantamento feito pela Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a quantidade de pessoas que usam ônibus caiu 9,5% em 2017 em comparação a 2016 – o quarto ano seguido de queda. 

Isso se deve ao sucateamento do transporte público. Nessa modalidade de transporte, a tarifa é alta e o serviço possui uma qualidade baixa/mediana. 

Esse cenário gera impactos negativos tanto para o cidadão, quanto para o gestor público. O cidadão é afetado com o tempo perdido em filas de ônibus, vagões superlotados, dificuldade de cumprimento de horários, engarrafamentos e excesso de tempo no deslocamento entre a casa e o local de trabalho.

Os gestores, por sua vez, têm dificuldade no planejamento urbano, aumento de custos, insatisfação geral da população e maior dificuldade de atrair negócios e novos investimentos. 

Para a McKinsey & Company, líder mundial no mercado de consultoria empresarial, a solução para a mobilidade urbana passa por planejamento urbano, softwares e sistemas que otimizam o tráfego, veículos elétricos, compartilhamento de carros, veículos autônomos, melhorias no transporte público e incentivo aos pedestres e ciclistas.

Há soluções para os problemas urbanos mais comuns?

Neste blog post nós te mostramos quais os principais problemas urbanos enfrentados pelas cidades do século XXI. 

Mas você pode estar se questionando: qual seria uma solução em comum para todos eles? Bom, um bom começo seria um planejamento urbano eficiente para que essas questões fossem resolvidas em sua gênese, e não apenas tratadas as consequências. 

Para te ajudar a compreender como os problemas urbanos podem ser solucionados através de um planejamento urbano, preparamos um blog post sobre a temática. 

Nele, explicamos o que é e o que faz parte de um planejamento bem elaborado, além de como aplicá-lo na sua cidade. Para acessar é só clicar aqui!