Um termo que vem ganhando popularidade nos últimos anos, apesar de não ser recente, é o da Internet das Coisas. O termo IoT: Internet das Coisas (do inglês, Internet of Thingsdescreve um conceito em que diversos objetos do dia a dia das pessoas estejam conectados à internet e em comunicação entre si.

O mais interessante é que não só smartphones, tablets ou computadores podem se conectar à internet, mas dispositivos como câmeras de segurança, geladeiras, termostatos e luminárias também. Inclusive, no caso da iluminação pública, é quando a internet das coisas se torna mais visível fora do âmbito residencial. Além disso, este é normalmente o primeiro passo para as cidades se tornarem mais inteligentes.

IoT: Internet das Coisas e Iluminação Pública

Um dos dispositivos mais comuns em uma cidade são as luminárias urbanas. No Brasil, existem cerca de 16 milhões de pontos de iluminação, que estão localizados nos mais diversos locais. Por isso, faz todo sentido eles serem utilizados na conexão de dispositivos e na implantação da internet das coisas.

A Iluminação Pública e, consequentemente, a sua gestão por parte de uma empresa é de importância vital para o bom funcionamento de uma cidade. Além de proporcionar qualidade de vida, vias bem iluminadas podem melhorar o tráfego e inibir atividades criminosas, trazendo mais segurança aos cidadãos.

Outro ponto relacionado à iluminação e à internet das coisas é o conceito de Cidades Inteligentes. O termo, na intersecção com os outros dois, é mais focado na sustentabilidade, economia e eficiência da cidade como um todo. Segundo a União Europeia, cidades inteligentes ou Smart Cities, são sistemas interpessoais que interagem e utilizam energia, materiais e serviços para alavancar o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida através de estratégias de infraestrutura, serviços, informação e comunicação.

Atualmente, algumas cidades como Songdo, na Coreia do Sul, já estão nascendo com a proposta de serem inteiramente sustentáveis e inteligentes. Porém, é perfeitamente possível mudar o patamar de uma cidade já existente, através da pesquisa de maneiras pelas quais essa cidade pode ser mais sustentável, inovadora, eficiente, criativa e possuir mais interatividade, conectividade e mobilidade urbana. Tendo isso em mente é que o conceito de Internet das Coisas torna-se indispensável para cidades que estão mudando a estrutura para se tornarem mais inteligentes.

Modernização através da Telegestão

O sistema de hardware e software que torna possível a modernização dos pontos de iluminação de uma cidade é a Telegestão. Ela permite elevá-los até o patamar onde podem ser utilizados como parte de uma Cidade Inteligente, possuindo outros papéis além do principal, que é iluminar.

Através do controle da Telegestão, as luminárias podem registrar informações sobre elas mesmas como: consumo de energia, agendamento de perfis de funcionamento e dimerização, que é o aumento ou diminuição da intensidade de uma lâmpada para economia. Porém, tratar a Telegestão somente como um sistema de controle de luminárias é um grande equívoco. A grande vantagem do sistema é a de abrir um leque gigantesco de desdobramentos e possibilidades no uso da IoT como informações de trânsito, vagas de estacionamento, informações públicas disponíveis para cidadãos e até localização em tempo real de animais ou crianças perdidas.

Gestão de iluminação nas cidades inteligentes

Atualmente, as cidades brasileiras que estão no processo de se tornarem inteligentes também investem na modernização dos seus parques de iluminação. Através da substituição de lâmpadas de vapor metálico por LED e, finalmente através da Telegestão, a gestão de iluminação pública possui papel fundamental na sustentabilidade das cidades inteligentes.

Com uma gestão eficiente, uma equipe qualificada, um software para controle e otimização de todos os processos, é possível tirar do papel o objetivo de ter uma cidade conectada. Estima-se que até 2020, a Internet das Coisas terá cerca de 50 bilhões de dispositivos conectados, além de movimentar quase 30 trilhões de reais. Então, invariavelmente ela será utilizada pela administração pública no desenvolvimento de políticas públicas, o que é uma situação em que  órgão público, empresa privada e cidadão ganham.