Não é difícil compreender a relação entre eficiência energética e cidades inteligentes, mas antes de nos aprofundarmos nesse assunto, vale entender melhor qual o conceito de smart cities.

Existem diversas definições para uma cidade inteligente, mas é possível reunir todas elas em um único conceito: as smart cities usam recursos tecnológicos com o objetivo de otimizar processos e aumentar a qualidade de vida da população.

O relatório Cities in Motion, elaborado pelo IESE Business School da Universidade de Navarra, na Espanha, defende que há nove indicadores de inteligência urbana que podem ser usados para classificar uma cidade inteligente e monitorar o desenvolvimento dessas regiões ao longo dos anos. São eles:

Capital humano: relacionado a atrair, desenvolver e reter os melhores talentos, bem como a promover uma educação de qualidade.

Coesão social: diz respeito à harmonia entre as pessoas de diferentes níveis sociais.

Economia: tem a ver com ações de incentivo à economia local e ao impulsionamento do empreendedorismo.

Governança: tem relação com a qualidade das intervenções estatais no que diz respeito à gestão de recursos, bem como à transparência e à ética dos governantes.

Meio ambiente: são avaliados níveis de poluição e de qualidade da água, dentre outros índices ambientais, além da sustentabilidade no uso de recursos.

Mobilidade: busca entender como se dá o acesso a serviços públicos e qual o nível de dificuldade para circular nesses espaços.

Planejamento urbano: inclui soluções relacionadas à infraestrutura dos serviços de saúde, saneamento, habitação, gestão de resíduos e energia, entre outros.

Perfil internacional: refere-se à divulgação turística estratégica para promover a cidade a nível internacional.

Tecnologia: uma das bases das smart cities não poderia ficar de fora, e avalia o uso inteligente de soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Relação entre cidades inteligentes e eficiência energética

Feita essa introdução sobre as cidades inteligentes, podemos partir para a relação delas com a eficiência energética.

Além do consumo atrelado às atividades diárias realizadas nos grandes centros urbanos, a energia é a responsável por sustentar todos os sistemas, dispositivos e sensores que coletam e organizam os dados gerados nas cidades inteligentes.

Então, pode-se dizer que a energia é o que faz uma cidade inteligente existir e funcionar adequadamente, afinal, esse é um quesito fundamental para qualquer região ser produtiva e eficiente.

Em paralelo a isso, as cidades inteligentes demandam muita energia para coordenar todos os seus processos e, por isso, a eficiência energética é uma necessidade para essas localidades.

Como proporcionar eficiência energética?

Estatísticas da ONU apontam que até 2050 mais de 70% da população viverá em centros urbanos. Nesse sentido, as cidades inteligentes surgem como uma solução para suprir a demanda populacional sem deixar a sustentabilidade de lado.

Mas para que isso aconteça é preciso investir cada vez mais na eficiência energética.

Principalmente quando levamos em consideração que cerca de 50% do consumo de energia elétrica no Brasil acontece em edificações residenciais, comerciais e públicas, segundo uma nota técnica emitida pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Sem dúvidas, uma das principais formas de potencializar a eficiência energética nas cidades inteligentes é através do investimento em lâmpadas de LED, que são mais econômicas e duráveis. Falaremos mais sobre elas no tópico a seguir.

Para além do LED, as fontes renováveis também surgem como uma alternativa viável para o aumento da eficiência energética, afinal, não apenas reduzem os gastos dos cofres públicos como também ajudam a diminuir os impactos ambientais.

De modo que a produção de energia por fontes renováveis seja uma estratégia que traga resultados, o envolvimento dos moradores e das empresas é fundamental. 

Para isso, podem ser criados programas de incentivo ao uso de energia solar em casa ou a oferta de bonificações para empresas que optam por sistemas energéticos mais eficientes.  

E no meio de tudo, a existência de uma rede elétrica com os envolvidos nesse processo totalmente conectados, para que a oferta e a demanda possam ser coordenadas em tempo real através de um sistema de gerenciamento e monitoramento de energia.

Lâmpadas LED x eficiência energética

Assim como cidades inteligentes e eficiência energética estão diretamente relacionadas, as lâmpadas de LED e o melhor uso das fontes de energia também são conceitos que se conectam.

Isso porque o uso de LED permite implantar um sistema de telemonitoramento. Com a ajuda de sensores eletrônicos acoplados aos postes, os parques de iluminação pública podem coletar diversos dados e enviá-los a uma central de comando. 

Através de um software capaz de organizar e analisar as informações, toda a iluminação pública pode ser controlada a distância e em tempo real.

Entre as funcionalidades desse monitoramento remoto estão ligar, desligar e controlar a intensidade luminosa das luminárias de acordo com a hora do dia ou conforme eventualidades climáticas, como a chegada de uma tempestade.

Outra possibilidade é monitorar o gasto de energia de cada luminária, além de detectar falhas automaticamente, permitindo o envio de equipes técnicas de forma mais ágil.

Os dados obtidos por meio do telemonitoramento também podem ser utilizados pelos gestores de segurança pública, para que mais recursos de iluminação sejam destinados a regiões da cidade que venham registrando um número maior de ocorrências.

Uma projeção da Abilux (Associação Brasileira da Indústria da Iluminação) aponta que todos os municípios brasileiros serão capazes de implementar o modelo de iluminação com LED nos próximos anos, a exemplo da cidade de Palhoça, em Santa Catarina, que abriga um parque de IP com 100% de tecnologia LED.

Além de poderem ser integradas a soluções inteligentes para melhorar a qualidade de vida da população, as lâmpadas de LED se refletem em menos gastos para o poder público.

Essa economia se torna ainda mais relevante ao ter em mente que a iluminação pública representa mais de 4% do consumo total de energia do país, além de comprometer até 5% dos orçamentos municipais, segundo um estudo do Banco Mundial.

A tecnologia LED oferece melhor custo-benefício por diversos motivos, começando pelo fato de que elas são até 60% mais eficientes do que outros tipos de lâmpadas, iluminando até 20% mais do que outros modelos.

Enquanto uma lâmpada de LED pode chegar a 100 mil horas de uso, a vida útil das lâmpadas fluorescentes é estimada em 8.000 horas e as lâmpadas incandescentes não passam de 750 horas de uso. A vida útil elevada, inclusive, ajuda a reduzir os custos com manutenções.

Vale lembrar que a eficiência energética também contribui para a sustentabilidade, e esse é outro quesito em que as lâmpadas de LED se destacam.

Isso porque essas lâmpadas não emitem radiação UV, nem contêm mercúrio, além de ajudarem a reduzir a quantidade de carbono lançada na atmosfera. Em adição, quase 100% dos componentes da lâmpada são recicláveis.

Como softwares podem ajudar na eficiência energética?

Milhares de cidades brasileiras enfrentam diversos desafios para aumentar a eficiência energética da iluminação pública, e as situações costumam ser ainda mais desafiadoras nas gestões feitas exclusivamente pelo governo municipal.

Justamente por isso é que há registros de crescimento das parcerias público-privadas de iluminação, de modo que os parques de IP possam ser modernizados com a implantação de projetos inovadores.

Para que a iluminação pública seja gerida da melhor forma e contribua para aumentar a eficiência energética daquela cidade, o uso de um software é altamente recomendável.

Em primeiro lugar, isso se justifica porque os serviços de iluminação geram um enorme volume de dados diariamente, e com um sistema inteligente essas informações podem ser organizadas e analisadas, garantindo a otimização de chamados e o melhor controle das equipes técnicas em campo.

Um software para gestão de iluminação pública também se reflete em economia de recursos, já que o cruzamento de informações evita que mais de uma equipe se desloque para atender o mesmo chamado e também otimiza a gestão de estoque em tempo real, permitindo que os técnicos deem baixa nos materiais utilizados nas manutenções, por exemplo.

Como dissemos no tópico anterior, os softwares para iluminação pública também podem ser integrados aos postes com lâmpadas de LED, o que permite uma gestão inteligente das luminárias. Para completar, a eficiência energética pode ser acompanhada de perto por meio de relatórios que ajudam a medir a qualidade das operações de acordo com diferentes critérios.

Entre os softwares de iluminação pública disponíveis, o da Exati é líder no mercado, marcando presença em mais de 600 cidades espalhadas por mais de 20 estados brasileiros, além do Chile e México. Por meio do sistema é possível reduzir custos operacionais sem comprometer a qualidade do serviço prestado.

Conclusão

Ao longo desse artigo você pôde entender o que são as cidades inteligentes e de que modo a eficiência energética está atrelada às smart cities.

Também foi possível saber de que formas é possível melhorar o uso dos recursos energéticos, e de como as lâmpadas de LED aumentam a eficiência energética ao mesmo tempo em que ajudam a cortar gastos relacionados à iluminação pública.

Para que a eficiência energética seja impulsionada, contar com a tecnologia é fundamental, especialmente com softwares desenvolvidos exclusivamente para a gestão de iluminação pública, caso do sistema da Exati.

Se você gostou de saber mais sobre esses assuntos relacionados à eficiência energética, continue acompanhando nosso blog.