Já pensou em morar em uma cidade onde tecnologia e sustentabilidade se unem para criar uma vida melhor? As cidades futuristas estão emergindo como soluções inovadoras para os desafios atuais.
As cidades contemporâneas, densamente povoadas e frequentemente sobrecarregadas, estão enfrentando desafios crescentes, desde a superlotação até os impactos ambientais negativos. Mas e se pudéssemos redesenhar essas cidades, usando a tecnologia como aliada e priorizando a sustentabilidade?
Neste artigo, exploraremos o potencial dessas cidades, destacando exemplos globais e discutindo como elas podem redefinir o urbanismo. Vamos mergulhar nessa visão de futuro?
O que são cidades futuristas?
Cidades futuristas são aquelas que se destacam por incorporar tecnologias avançadas, soluções sustentáveis e mudanças sociais, buscando melhorar a qualidade de vida, eficiência, sustentabilidade e conectividade.
Por este motivo, António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) alerta: essas novas cidades precisam surgir para abrir caminho para um futuro urbano mais sustentável.
Segundo Guterres, as escolhas que serão feitas na infraestrutura urbana nas próximas décadas em planejamento, eficiência energética, geração de energia e transporte, terão influência decisiva na curva de emissões de gases – apontada como uma emergência global.
Por outro lado, muitos países estão apostando na tecnologia como aliada ao urbanismo. A indústria 4.0 e o conceito de cidades inteligentes são um grande exemplo.
Em outras palavras, a tecnologia e inovação estão transformando os padrões de urbanização e, consequentemente, impulsionando o desenvolvimento das cidades futuristas.
Como as cidades futuristas são planejadas?
Parece filme de ficção científica, mas as cidades futuristas estão se tornando uma realidade cada vez mais próxima. Isso porque, elas são planejadas considerando uma variedade de aspectos que englobam o design arquitetônico, infraestrutura e tecnologia.
E com a estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) de que a população mundial atingirá 10 bilhões de habitantes até 2050, a superlotação urbana se torna um dos problemas mais urgentes da atualidade.
Por isso, as cidades do futuro enfrentam uma série de desafios complexos para acomodar e atender a essa crescente demanda. Confira alguns deles:
Densidade populacional
O aumento da densidade populacional nas cidades representa um grande desafio em relação ao aquecimento global. E para lidar com o aquecimento global, é necessário reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e manter o aumento da temperatura média global abaixo de 1,5ºC, segundo a ONU.
E para isso, existem soluções sustentáveis e compatíveis para atingir esse resultado, são eles:
- Mobilidade urbana sustentável;
- Diminuição do consumo de matérias-primas;
- Desenvolvimento de sistemas de produção mais eficientes;
- Uso de combustíveis renováveis.
Mobilidade urbana sustentável
Fato: à medida que a população urbana aumenta, a questão do transporte se torna um desafio ainda maior. Para enfrentar essa questão, as cidades futuristas precisam adotar soluções de mobilidade sustentável, como sistemas de transporte público eficientes e infraestrutura adequada para ciclistas.
Quer um exemplo simples? As ciclovias! Ainda que seja um debate constante e um processo longo de conscientização, as ciclovias têm um impacto positivo no ambiente, já que economizam energia e reduzem a poluição do ar e a sonora. Na segurança do trânsito, elas também são importantes.
Um estudo divulgado em 2019 pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo revelou que o número de acidentes caiu 38% por ano nos trechos em que foram implantadas ciclovias e ciclofaixas, na Zona Oeste de São Paulo.
Essas medidas não apenas promovem uma mobilidade mais eficiente, mas também contribuem para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes, garantindo uma opção de transporte mais sustentável e segura.
Sustentabilidade ambiental
A sustentabilidade ambiental é um aspecto fundamental no planejamento das cidades futuristas, já que elas devem ser projetadas levando em consideração a preservação do meio ambiente e a redução do impacto negativo nas áreas urbanas.
Para promover a sustentabilidade ambiental, é necessário adotar medidas como o uso de energias renováveis, sendo o objetivo principal a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, a gestão eficiente de resíduos também é essencial. Mais do que implementar sistemas de coleta seletiva e de reciclagem, é preciso adotar alternativas para reduzir a quantidade de resíduos gerados nos centros urbanos.
Essas práticas são fundamentais para construir cidades mais sustentáveis e com maior qualidade de vida.
Cidades futuristas: tecnologia e inovação por toda parte
Quando falamos de cidades futuristas, é impossível não associá-las à tecnologia. Com avanços no setor, os serviços urbanos passam por modernização — como a utilização de infraestruturas inteligentes, por exemplo.
O uso de sensores e dispositivos conectados pode monitorar e gerenciar diversos setores da cidade, como o tráfego, o consumo de energia, a qualidade do ar e o uso de recursos.
Os softwares, por exemplo, é o que há de mais moderno para monitorar atividades e outros serviços de forma mais eficiente, além de ser compatível com a realidade de muitos municípios.
A tecnologia é capaz de realizar o gerenciamento inteligente de energia, monitorando, controlando e otimizando o consumo em toda a cidade.
Além disso, as cidades futuristas se destacam pela modernização do parque de iluminação pública. A implementação de lâmpadas de LED é um exemplo de avanço tecnológico presente em cidades futuristas. Esses materiais consomem menos eletricidade em comparação com as lâmpadas tradicionais, como as incandescentes.
Além disso, as lâmpadas de LED têm uma maior vida útil, reduzindo a necessidade de troca frequente — ou seja, menos resíduos gerados e redução dos custos de manutenção para as prefeituras.
Atualmente, existem sistemas de gerenciamento como da Exati que facilitam o cadastramento de todo o parque de iluminação pública de forma prática e intuitiva.
A funcionalidade permite que todos os ativos sejam atualizados e gerenciados automaticamente, fornecendo aos responsáveis dados de forma precisa sobre todos os pontos de iluminação pública.
Uma conectividade aprimorada facilita a tomada de decisões informadas, otimiza os recursos e melhora a qualidade da gestão urbana. Por isso, diversas cidades tecnológicas já estão sendo desenvolvidas em várias partes do mundo com uma visão futurística no ambiente urbano.
De acordo com o relatório do McKinsey Global Institute, as cidades podem usar tecnologias inteligentes para melhorar alguns indicadores de qualidade de vida em até 30%.
7 exemplos de cidades futuristas
Com o surgimento de novos projetos de modernização, planejamento urbano e investimento em sustentabilidade, as cidades futuristas se destacam por valorizar e melhorar a qualidade de vida urbana. Confira a seguir algumas delas:
Masdar City – Emirados Árabes
Pode ser difícil de acreditar, mas Masdar City é uma cidade localizada em pleno deserto. A integração entre a tecnologia e a sustentabilidade trazem benefícios ao meio ambiente.
Com o objetivo de ser uma cidade zero carbono, Masdar se destaca com soluções em energia solar, transporte sem emissão de gases poluentes, ruas com controle de resfriamento e “policiais verdes” para fiscalizar o uso da energia.
Em Masdar City, ocorre um dos maiores e mais caros experimentos de projeto urbano na atualidade. A integração entre tecnologias e o design do estilo árabe faz com que a sociedade conviva com o tradicional e o moderno ao mesmo tempo.
Em outras palavras, Masdar é mais do que uma cidade do futuro, é uma revolução urbana, inteligente e luxuosa.
Songdo – Coreia do Sul
Assim como em Masdar City, Songdo foi construída do zero para ser uma cidade futurista.
Com tecnologias avançadas e planejamento urbano inteligente, a cidade possui um sistema inovador de gestão de resíduos, estações de carregamento para carros elétricos, e ainda, distribui 40% do território ocupado em áreas verdes.
Portanto, a filosofia de Songdo é: construir uma cidade verde, tecnológica, zona franca e internacional. Por esse motivo, suas inovações estão sempre à frente do seu tempo.
Fujisawa – Japão
Com investimento de R$1,3 bilhões, a cidade futurista Fujisawa é um projeto da Panasonic. A cidade visa por uma vida urbana sustentável, inteligente e com excelência em estética e modernidade em projetos arquitetônicos.
Além disso, com o objetivo de otimizar as operações e serviços da cidade, Fujisawa integra diferentes sensores para coletar dados e usá-los no gerenciamento de recursos. Exemplo disso está no uso de fontes renováveis em larga escala. Por esse motivo, na cidade futurista, é possível reduzir 70% na emissão de gases e 30% no consumo de água.
Com uma visão centenária, o projeto da cidade é referência no mundo.
The Line – Arábia Saudita
Projetada pelo escritório de arquitetura Neom, a cidade se estende por uma faixa de apenas 200 metros de largura. Ela promete conectar as duas extremidades em apenas 20 minutos através de um transporte ultrarrápido.
Seguindo um formato linear ao invés do tradicional layout urbano circular, The Line é promovida como uma alternativa que favorece a preservação da natureza e uma melhor habitabilidade.
Telosa – Estados Unidos
Uma cidade futurista para cinco milhões de habitantes, concebida pelo renomado arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels e seu estúdio BIG, Telosa é o sonho do empresário bilionário Marc Lore para criar a cidade mais sustentável do mundo.
BiodiverCity – Malásia
Mais de 1.800 hectares espalhados por três ilhas artificiais, com capacidade para abrigar entre 15 mil e 18 mil habitantes cada. Esta cidade sustentável, também projetada pelo escritório BIG, será construída majoritariamente com bambu, madeira e concreto de materiais reciclados.
Cada distrito será circundado por proteção ecológica, apoiando a biodiversidade local.
Uma capital planejada para acomodar até 7 milhões de habitantes em uma área de 700 quilômetros quadrados.
Projetada para aliviar o congestionamento no Cairo, a cidade contará com um masterplan criado pela empresa de arquitetura SOM e terá um dos maiores parques urbanos do mundo.
Ecodesign nos centros urbanos
A preocupação com a degradação ambiental, escassez dos recursos naturais e a necessidade de áreas verdes em centros urbanos, são ações que promovem urbanização com menor impacto socioambiental.
Dessa forma, o conceito de ecodesign aplicado às cidades pressupõe projetos sustentáveis na concepção, construção e gestão que elevam a qualidade do desenvolvimento urbano.
Referência em design para inovação social e sustentável, Enzio Manzini afirma que o ecodesign faz nascer novas técnicas e propostas ecológicas que sejam social e culturalmente aceitáveis.
Dessa forma, cidades que adotam o conceito ecodesign em seus projetos de urbanização, inovação, arquitetura e até mesmo em políticas públicas, garantem a permanência e qualidade de vida das gerações futuras.
Conclusão
Apesar dos desafios constantes da urbanização, a soma entre tecnologia e inovação tem gerado grandes transformações nos centros urbanos, entre elas, as cidades futuristas.
Contempladas para fazer a diferença no futuro, as cidades são mais que inteligentes, elas são a solução para um mundo melhor.
Deseja saber mais sobre a temática? Continue acompanhando o nosso blog e fique por dentro das novidades do setor de cidades futuristas e inteligentes!
Exati
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