Realizar a má gestão da arborização em uma cidade pode causar inúmeros transtornos e impedir que vários benefícios sejam aproveitados.
E já está mais que provado: plantas no ambiente de trabalho podem aumentar a produtividade, reduzir o estresse e melhorar a qualidade do ar.
Se dentro desses locais os benefícios são notórios, imagine quando pensados no contexto dos centros urbanos? Porem, a má gestão da arborização pode por tudo a perder.
O planejamento de arborização de uma cidade deve contemplar desde o plantio de árvores até a implementação de áreas verdes dentro do ambiente urbano.
Assim, define-se quais as espécies mais indicadas para, simultaneamente, embelezar e valorizar a cidade e ainda aproveitar 100% dos inúmeros benefícios à saúde da população.
Entretanto, é necessário realizar o acompanhamento dessas áreas de modo periódico a fim de evitar ou, pelo menos, minimizar os transtornos que possam acontecer e que acabam prejudicando a população e aumentando gastos de prefeituras e prestadoras de serviços.
Veja, a seguir, o que pode acontecer quando se tem uma má gestão da arborização e zonas verdes de uma cidade.
Falta de planejamento? Queda na certa!
Quando o planejamento para arborização é realizado sem considerar as necessidades das plantas utilizadas, em algum momento de suas vidas elas irão sofrer algum tipo de problema de natureza estrutural.
Normalmente esses problemas podem ser percebidos com mais frequência durante o período do verão, marcado por temperaturas acima da média e tempestades com fortes rajadas de vento e grande volume de água.
Diversas cidades brasileiras possuem ruas e avenidas com bom nível de arborização. No entanto, nem sempre as espécies escolhidas para compor os espaços verdes estão de acordo com a realidade daqueles espaços.
A exemplo disso, observamos a presença de Tipuanas (Tipuana tipu) na arborização urbana. Essa espécie típica da América do Sul já foi muito utilizada não apenas no Brasil, mas também em outros países.
Ela apresenta características consideráveis quanto às suas dimensões: um indivíduo adulto pode chegar aos 12 metros de altura, com uma copa ampla e densa, podendo atingir cerca de 6 toneladas.
Em um caso como esse, é importante atentar-se às condições básicas para sua sobrevivência, pois é uma planta de grandes dimensões que precisa de espaço para se desenvolver.
Por isso, indica-se 5 metros de área livre ao seu redor, a fim de garantir a fixação das raízes e sua nutrição, permitindo a infiltração da água da chuva e absorvendo os nutrientes do solo.
Quando não respeitados, têm-se como resultado o enfraquecimento das raízes que, sem espaço, não conseguem fazer a sustentação da planta, provocando sua queda ainda jovem.
Podas drásticas podem deixar árvores doentes e fragilizadas
Árvores altas com troncos grandes e galhos com folhas verdes, flores e frutos. Em um primeiro olhar, esses itens indicam quão saudável é determinado indivíduo.
Mas, olhando mais a fundo, talvez você encontre alguns problemas que podem se agravar e causar ainda mais transtornos.
Frequentemente, são encontrados diversos agentes naturais que prejudicam tanto o desenvolvimento das plantas quanto a sua sobrevivência.
Estamos falando de formigas, lagartas, fungos e, principalmente, cupins. No entanto, um dos motivos que mais favorecem o surgimento desses casos esta diretamente ligado má gestão da arborização.
É a realização de podas drásticas, que acabam permitindo a entrada de patógenos por rachaduras, e agressões físicas como, por exemplo, o anelamento do tronco.
Essa prática é realizada a fim de parar o crescimento das plantas, uma vez que se impede o fluxo de nutrientes e de energia, provocando a sua morte.
A Lei Nº 9.605/1998 classifica a ação como crime ambiental, sendo passível de multa e detenção dependendo da gravidade de cada caso.
Indivíduos doentes e deformados tem sua estrutura afetada e podem, por exemplo, deixar de bloquear a radiação solar incidente no solo.
Na prática, isso significa que há diminuição de até 25% na radiação interceptada pelas árvores, aumentando a sensação de calor nas cidades.
Outros problemas
Quando se pratica a má gestão da arborização e de áreas verdes não acontece somente o adoecimento e a queda de uma árvore.
É como um efeito dominó, causando prejuízos em diferentes esferas:
Podas irregulares: Podem provocar o desequilíbrio das árvores, fazendo que alguns galhos fiquem direcionados para apenas um lado, favorecendo a queda.
Danos de infraestrutura: A queda poderá causar estragos à fiação de energia elétrica, rompendo cabos, quebrando postes de sustentação e de iluminação; Rompimento da rede de abastecimento de água e saneamento, causando desperdício e contaminação do meio ambiente; Danos ao pavimento e calçamento das vias, impedindo a livre circulação e provocando acidentes.
Risco de acidentes: São inúmeros os casos de acidentes envolvendo árvores e com vítimas fatais, sobretudo dentro de automóveis estacionados próximos às guias e até mesmo pedestres atingidos na calçada.
Transmissão de doenças: Áreas verdes sem o devido cuidado associadas ao descuido da população podem atrair e favorecer a proliferação de insetos e demais animais transmissores de doenças. Tal situação piora os índices da saúde pública e gera superlotação nos posto de atendimento, sejam eles públicos ou privados.
Viu quantos problemas a má gestão da arborização pode provocar?
Neste conteúdo você viu a importância de se realizar o monitoramento de todas as árvores dispostas no meio urbano.
Caso esse procedimento não seja realizado, uma série de problemas podem surgir e afetar o cotidiano da população.
Um dos mais comuns são as quedas, que tendem a aumentar durante o verão. Quando isso não ocorre, os indivíduos podem apresentar algumas doenças e fragilidades estruturais, causadas, sobretudo, pela realização de podas irregulares.
Além disso, os danos podem se estender às ruas, causando estragos generalizados em fiações de energia, rompimento da rede de abastecimento e danos à pavimentação e calçamentos.
Uma das maneiras de evitar que grande parte desses problemas ocorram é realizando a manutenção preventiva das áreas verdes, o que pode ser facilitado com o uso de recursos tecnológicos.
Confira neste material como isso é possível.
Exati
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