Sem dúvida alguma, a arborização de vias públicas pode ser considerado um dos melhores investimentos que uma cidade pode fazer atualmente.

De acordo com a Nature Conservancy, ao plantar árvores em grande escala nas 245 maiores cidades do mundo (com um custo aproximado de 3 milhões de euros) seria possível salvar até 36 mil vidas por ano. Tudo isso graças à diminuição do nível de poluição na atmosfera.

Por isso, as estratégias voltadas à arborização são consideradas extremamente importantes para o desenvolvimento sustentável das cidades, integrando o processo de infraestrutura, promoção da saúde pública e gerenciamento urbano.

Portanto, a implementação de áreas verdes nos centros urbanos não só pode como deve ser adotado em conjunto para ações de conscientização e controle ambiental

Acompanhe a leitura e conheça as especificações da arborização urbana. Boa leitura!

Áreas verdes e arborização de vias públicas são a mesma coisa?

Se essa pergunta te pareceu óbvia, então não deixe de ler esse conteúdo!

Primeiramente, é preciso compreender a definição de arborização urbana. 

No geral, a arborização urbana é composta por toda vegetação presente na cidade. Em outras palavras, são os elementos de componente biótico do ecossistema que impactam na paisagem urbana verde.

Portanto, em relação aos termos técnicos, a arborização engloba em duas especificações: áreas verdes e arborização de vias públicas.

Áreas verdes

Predominante nos centros urbanos e até mesmo considerada um sinônimo de arborização, as áreas verdes são formadas por parques, bosques, praças e jardinetes.

Arborização de vias públicas 

A arborização de vias públicas se refere às árvores plantadas linearmente nas calçadas ao longo de ruas e avenidas. Em outras palavras, é a vegetação mais próxima da população urbana.

Características das árvores para as vias públicas 

A implementação da arborização sem planejamento pode ocasionar problemas estruturais urbanos e também, nos serviços essenciais, como as instalações de redes de distribuição, por exemplo.

Atualmente, cerca de 25% das interrupções de energia não programadas são causadas por vegetais que caem ou geram atrito com a rede, segundo a RGE (Rio Grande Energia). Concessionária responsável pelo serviço de distribuição de energia no Rio Grande do Sul.

Por esse motivo, a prevenção de podas, somado a gestão sustentável e implementação de novas tecnologias, são soluções que evitam acidentes e, sobretudo, a interrupção de energia.

Portanto, a integração entre prefeituras, gestores e concessionárias é primordial para o manejo, preservação e expansão das árvores nos centros urbanos.

Com base no Plano de Arborização Urbana, as características das cidades e das espécies biológicas exigem um processo cuidadoso e adequado. Em outras palavras, as espécies devem atender requisitos, características e recomendações de solo, condições climáticas e, sobretudo, na estrutura das vias públicas.

Confira abaixo as cláusulas para a escolha das espécies de vegetação, conforme o Guia de Arborização Viária.

Origem da espécie botânica

Contribuindo para a preservação, é importante que as espécies sejam da flora regional para melhor adaptação.

Inclusive, para ampliar a arborização de vias públicas com eficiência e qualidade, é preciso que haja de 10% a 15% de cada espécie eleita.

Rusticidade

As espécies devem pertencer ao mesmo ecossistema e às condições ambientais do meio urbano. Dessa forma, é possível torná-las resistentes às pragas e doenças ocasionadas nas cidades.

Dimensões da planta nas vias públicas

As árvores adultas possuem dimensões e características próprias. Portanto, os espaços destinados às árvores urbanas precisam ser amplos e compatíveis com as suas dimensões para evitar futuras intervenções.

Sistema radicular 

O solo urbano é muito diferente do solo agrícola. Por esse motivo, é preciso fazer uma análise do solo e das raízes das espécies.

O objetivo é evitar danos no revestimento das calçadas, edificações, canalizações subterrâneas e problemas de circulação de veículos e pedestres.

A arborização urbana no Brasil

Com a expansão da população para as áreas urbanas, a arborização de vias públicas tornou-se uma demanda muito importante justamente por ser reconhecida como uma das principais alternativas ambientais para os centros urbanos.

Minimizar os efeitos da seca e poluição, garantir conforto térmico e elevar a estética da paisagem urbana são elementos cruciais para conservar e restaurar a infraestrutura verde urbana.

Conforme o ranking do IBGE, a avaliação do número de árvores nas vias públicas tem como base a recomendação da Organização Mundial da Saúde, cujo mínimo de área verde por habitante é de 12 m².

Acompanhe abaixo as cinco cidades mais arborizadas do Brasil.

1º Goiânia (89,5%)

2º Campinas (88,4%)

3º Belo Horizonte (83%)

4º Porto Alegre (82,9%)

5º Curitiba (76,4%)

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Mais do que estética, a arborização nas vias públicas contribui na busca de soluções inteligentes, efetivas e sustentáveis.

Portanto, vale ressaltar: a qualidade ambiental nos centros urbanos é uma necessidade para a população. 

O tema arborização é relevante aqui no blog da Exati. Pensando nisso, nós produzimos um material especial abordando os benefícios da arborização nas cidades. Aproveite e boa leitura!