Um dos temas mais atuais no cenário das cidades modernas é a elaboração e aplicação do chamado plano de arborização urbana. 

Ao contrário do que se possa imaginar, uma cidade do século XXI não é composta apenas por prédios conceituais e pavimento por todo lado. 

O mundo vive tempos difíceis e, em meio à uma pandemia, vemos a importância de se manter espaços verdes cada vez mais preservados. Veja o caso da capital paranaense.

Curitiba, já considerada a cidade mais verde da América Latina, segue desde 2013 o Plano de Arborização Pública, com ações preventivas e de manutenção das milhares de árvores localizadas em vias públicas da cidade.

Acompanhe a leitura e conheça um pouco mais sobre o plano de arborização urbana e suas especificidades.

Estatuto da Cidade

Embora o tema tenha ganhado força nos últimos meses, o assunto já é debatido desde o ano de 2001.

O Estatuto da Cidade, também conhecido como Lei Federal 10.257 de 2001, estabelece que é obrigação dos municípios a formulação e execução do plano diretor e do plano de desenvolvimento urbano. 

Entre as determinações, o documento destaca o tema da arborização e estabelece diretrizes de garantia do direito à cidades sustentáveis e ao lazer, tanto para as gerações atuais quanto para as futuras.

Dessa forma espera-se obter maior responsabilidade sobre questões como, por exemplo, a ordenação e controle do uso do solo, a degradação ambiental e a preservação e recuperação do meio ambiente.

Outro assunto destacado na lei e recentemente debatido em todo território nacional diz respeito ao saneamento ambiental. Acesse o texto 6 mudanças no Marco Legal do Saneamento Básico de 2020 e saiba mais. 

Qual a importância do Plano de arborização urbana?

Você já viu aqui em nosso blog diversos conteúdos sobre os benefícios da arborização para as cidades e, sobretudo, para quem vive nelas.

Uma cidade com um bom planejamento verde pode melhorar a qualidade de vida, índices de poluição atmosférica e até mesmo o desenvolvimento psicossocial da população.

O Plano de arborização urbana é um documento oficial do município que legitima e descreve as ações referentes à gestão, implantação, manutenção e monitoramento das árvores.

As ações de um plano de arborização podem servir tanto para intervir na arborização já existente como para atuar em áreas que ainda não possuem cobertura vegetal.

Essa é a missão do responsável técnico pela elaboração do plano, que deve ser devidamente habilitado conforme as atribuições designadas pelo seu Conselho de Classe.

Para se obter todos os benefícios que as áreas verdes podem oferecer é necessário um planejamento para o plantio e projetos de manutenção preventiva a fim de evitar acidentes e demais riscos à população.

A implantação da arborização sem planejamento associada à diversidade de equipamentos urbanos pode gera conflitos subterrâneos e aéreos.

Os mais comuns estão relacionados à danificação do sistema de abastecimento de água, tubulações de esgotos e redes de energia elétrica, afetando diretamente a vida dos cidadãos.

Existem determinadas espécies de plantas indicadas para compor o cenário urbano, resguardando e garantindo o correto funcionamento dos sistemas básicos sem perder as características do bioma local.

Existe um modelo aplicável a todos os municípios?

Como você viu anteriormente, a elaboração do plano de arborização urbana é responsabilidade de cada município.

Mas por qual razão não se pode criar um modelo para que todos o sigam?
A resposta é simples: o tamanho do Brasil.

O território nacional é o quinto maior do mundo em extensão, com uma área de 8.547.403 km², segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por causa de sua extensão, há uma diversidade muito grande de biomas. No total, são seis com características distintas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal.

Cada um desses ambientes abriga diferentes tipos de vegetação e de fauna. Por isso elaborar o plano municipal de arborização urbana é uma tarefa específica de cada gestor local, que deve considerar uma série de fatores:

  • Obedecer determinadas normas e respeitar os valores culturais, ambientais e a memória da cidade;
  • Proporcionar conforto e sombreamento para as moradias;
  • Contribuir para a biodiversidade, servindo de abrigo e fornecendo alimento para avifauna;
  • Permitir a permeabilidade do solo, colaborar com a diminuição dos índices de poluição e proporcionar melhoria das condições do ambiente urbano como um todo.

Gostou do conteúdo?

Mais que deixar as cidades bonitas e “cheias de saúde”, o Plano de arborização urbana vem para auxiliar no combate à diversos transtornos urbanos provocados pela má gestão da arborização.

Acompanhe nosso blog e fique por dentro de mais conteúdos como esse. Ou, acesso o site e veja como a Exati pode auxiliar na gestão das áreas verdes da sua cidade.