As cidades digitais e cidades inteligentes contam com tecnologias que facilitam o acesso da população aos serviços públicos e à informação. Além disso, elas possibilitam a modernização da gestão pública ao se transformarem, futuramente, em cidades inteligentes.
Nas cidades inteligentes, são utilizados diversos recursos tecnológicos para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e tornar os serviços públicos mais eficientes. Assim, é possível otimizar a utilização dos recursos públicos em diversos setores, como saúde, transporte e iluminação.
Quer saber quais são as principais características das cidades digitais e das cidades inteligentes, além das diferenças entre elas? Então acompanhe!
O que é uma cidade digital?
As cidades digitais utilizam de tecnologia para facilitar a vida do cidadão e modernizar a gestão pública. Isso é feito, por exemplo, por meio da disponibilização de aplicativos e acesso a serviços públicos online, o que simplifica a realização de solicitações e traz mais rapidez aos serviços em diversos setores — como saúde, educação e segurança.
Assim, por meio da facilitação do oferecimento de ferramentas que estimulam a participação do cidadão, a administração pública torna-se mais eficiente e transparente. Muitos municípios brasileiros já estão se adaptando a essa realidade, principalmente devido ao projeto cidades digitais, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Tornar-se digital é o primeiro passo para que uma cidade venha a ser inteligente. Porém, nelas, ao contrário das cidades inteligentes, as tecnologias não precisam estar conectadas entre si ou diretamente com o cidadão.
O que é uma cidade inteligente?
Todas as cidades inteligentes são digitais, porém, nem toda cidade digital é inteligente. Isso porque, para que uma cidade possa ser considerada inteligente, seus serviços digitais precisam estar conectados. Essa conexão permite que eles sejam unidos para promover melhorias em diversos processos e auxiliar na tomada de decisões no município.
Em uma cidade inteligente, os recursos tecnológicos — como internet, Bluetooth e sensores capazes de receber e transmitir informações — são utilizados para automatizar serviços e melhorar sua eficiência. Isso é possível por meio de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), Big Data e governança algorítmica que, juntas, permitem coletar, analisar e interpretar dados.
Dessa forma, essas tecnologias trazem diversas possibilidades de aplicações, como monitoramento de vias urbanas, controle de trânsito, otimização do tratamento de lixo e redução de gastos com iluminação pública. Isso traz benefícios para a economia, para o meio ambiente e para a administração da cidade, por exemplo, o que contribui para a melhoria da qualidade de vida da população de forma geral.
Quais são os benefícios de uma cidade inteligente?
As cidades inteligentes trazem muitos benefícios para os cidadãos, já que os serviços se tornam mais eficientes, transparentes e têm seus custos reduzidos — o que faz com que o dinheiro público possa ser melhor aproveitado.
Conheça, a seguir, algumas das aplicações da tecnologia nas cidades inteligentes e quais são seus principais benefícios.
Otimização do trânsito
Sensores e câmeras espalhados pelas cidades inteligentes podem ajudar na otimização do trânsito, por meio da análise de informações em tempo real. Com eles, é possível ter acesso a estatísticas e dados que permitem gerenciar melhor o tráfego.
Sensores de fluxo de tráfego, por exemplo, permitem fazer uma melhor regulação de tempo dos semáforos, o que evita a formação de engarrafamentos desnecessários. Além disso, é possível agir mais rapidamente em caso de ocorrência de acidentes, já que se pode ter a localização em tempo real de ambulâncias, por exemplo.
Redução de gastos com lixeiras inteligentes
As lixeiras inteligentes são equipadas com sensores capazes de informar se ela está cheia ou vazia, o que otimiza a rota dos caminhões de coleta de lixo. Isso porque, com as lixeiras comuns, os caminhões precisam circular em todas as ruas dos bairros, mesmo que não haja necessidade, já que não é possível focar somente nas lixeiras cheias.
No caso das lixeiras inteligentes, os caminhões podem circular apenas nos locais e nos momentos em que há maior demanda, de maneira a evitar deslocamentos desnecessários — o que reduz gastos com gasolina. Assim, os recursos públicos são melhor aproveitados, o processo de coleta torna-se mais sustentável e a poluição diminui.
Melhoria dos serviços públicos
As cidades inteligentes contam com serviços públicos mais eficientes, o que impacta diretamente na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e na otimização de processos.
Um desses processos é o de medição de energia, pois os agentes não precisariam mais ir até as casas. As informações podem ser enviadas pela internet ou por meio de telegestão, de modo que a medição seja automatizada.
Quais as principais diferenças entre elas?
As cidades digitais são informatizadas e disponibilizam diversos serviços, como agendamentos de consultas on-line e aplicativos para fazer reclamações ou solicitações relacionadas aos serviços públicos.
Para que uma cidade digital possa se tornar inteligente, é preciso conectar todos os serviços e transmitir as informações em tempo real pela cidade. Isso é feito por meio de sensores e câmeras espalhados em diversos pontos do município, além do uso de dispositivos nos postes de iluminação pública — que permitem fazer esse acompanhamento.
A partir de uma cidade digital, alcançar a inteligência é um passo grande, já que é preciso mudar toda a infraestrutura da cidade e o processo é demorado e burocrático. Por esse motivo, apesar do grande número de cidades digitais, há poucas prefeituras com planos de cidades inteligentes no Brasil.
Para que se tenha sucesso com essa transformação, é preciso ter cuidado ao utilizar tecnologias versáteis e implementá-las de forma adequada, o que envolve escolher softwares e hardwares de qualidade.
Assim, todos os investimentos feitos na digitalização do município podem ser aproveitados e torna-se necessário apenas fazer atualizações à medida que novas tecnologias vão surgindo.
Como transformar as cidades?
Para que uma cidade se torne inteligente, é preciso que ela seja digital, já que a informatização do município permite a circulação de informações e posteriormente a interconexão dos serviços digitais. Essa conectividade não precisa ser direta com o cidadão ou com os sensores, pode ser feita por meio de outras tecnologias — como o Bluetooth.
Para que essa conexão seja possível, é preciso investir também na infraestrutura urbana. A rede de iluminação pública é um dos principais meios de aumentar a inteligência das cidades, já que ela é capaz de colaborar com diversos setores, por meio da tecnologia de Telegestão, e propagar a inteligência pela cidade.
A utilização de sensores nas lâmpadas permite captar informações em diversos pontos da cidade, já que a rede de iluminação está presente em todas as partes do município.
As lâmpadas de LED modernas são as ideais — já que trazem a funcionalidade de dimerização — porém, qualquer lâmpada consegue se adaptar a esse uso.
Esses sensores e a tecnologia de Telegestão — que permite transmitir as informações obtidas por eles em tempo real — trazem diversas possibilidades de aplicações, como:
- localização de animais perdidos por meio da coleira, com o uso de um sistema de georreferenciamento;
- disponibilização de informações turísticas ou assuntos pertinentes à defesa civil;
- detecção de problemas na rede de iluminação, como lâmpadas queimadas;
- obtenção de dados sobre a umidade e a qualidade do ar.
Além das aplicações com a iluminação pública, outras podem ser obtidas com a colocação de câmeras pela cidade, para buscar rostos de pessoas desaparecidas ou que cometeram atos ilícitos, e identificá-los de maneira automática.
Já existem, também, sensores de áudio que detectam tiros e distinguem a arma, por meio de reconhecimento de inteligência artificial do som.
Como você percebeu, a transformação das cidades digitais em cidades inteligentes traz benefícios imediatos para os moradores, já que oferecem maior eficiência aos serviços públicos e tornam a gestão mais ágil. O primeiro passo para essa transformação é tornar as cidades conectadas e informatizar seus processos.
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Exati
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