A temática de cidades inteligentes tem sido recorrente no nosso blog, não é? Falamos sobre como realizar a gestão dos espaços urbanos e de quais formas a tecnologia pode ser útil nesse contexto. 

Mas agora estamos no início de 2021 e é o momento ideal para nos questionar sobre: quais as perspectivas para o mercado de Smart Cities? No Brasil e no mundo, o que há de novo?

É justamente isso que iremos explorar neste post. Boa leitura!

O impacto da COVID-19 nas cidades inteligentes

É unanimidade quando falamos que a pandemia de coronavírus mudou nosso jeito de pensar e agir. O mesmo se aplica às cidades inteligentes. 

Nessa realidade, o mercado de Smart Cities aqueceu e novas soluções foram criadas. Isso porque foi necessário um esforço conjunto para entender como combater o vírus e continuar viabilizando a rotina da população como um todo. 

Saúde

Por isso, soluções para a saúde foram as que mais se destacaram. Um dos conceitos mais utilizados nesse contexto foi o da interoperabilidade da saúde, isto é, a capacidade de diversos sistemas trabalharem juntos, com integração de dados. 

Especialistas afirmam que tem sido necessário criar uma interconectividade para auxiliar no monitoramento e na interpretação de dados relativos à saúde na realidade pandêmica.

Mas quais soluções foram utilizadas por cidades inteligentes para ajudar na contenção do vírus? 

– Teleconsultas;

– Ferramentas para agendamento online de consultas e vacinas;

– Plataformas virtuais de apoio psicológico; 

– Mapeamento de casos à distância;

– Visitas virtuais de pacientes infectados;

– Compartilhamento de informação por meio de ferramentas digitais, tais como: envio de SMS, aplicativos especificamente desenvolvidos para este fim, plataformas de monitoramento e drones.

Educação 

Outro setor que precisou se reinventar durante a pandemia foi o da educação, pilar chave nas cidades inteligentes.  

Assim, como as escolas são lugares em que as aglomerações são inevitáveis, a área teve que encontrar soluções digitais para não colocar a vida de alunos e professores em risco. 

Dessa maneira, as plataformas de ensino à distância (EAD) foram amplamente utilizadas. Além da virtualização das aulas, foram ministrados cursos de capacitação a servidores e professores também de forma remota. 

“A pandemia acelerou a necessidade da transformação digital em todos os mercados e na educação não foi diferente. Agora, praticamente de um dia para o outro, milhões de estudantes brasileiros precisaram passar a estudar de casa. Estamos vivendo o maior experimento mundial de educação a distância da história e entendo que isso deve servir de catalisador para a educação buscar soluções mais inovadoras“, afirma Rodrigo Salvador, CEO da Passei Direto.

A ascensão da tecnologia 5G

Outro fator que vem impactando diretamente as cidades inteligentes é o desenvolvimento da tecnologia 5G.

A internet 5G busca suprir as necessidades de um futuro em que diversos dispositivos estarão conectados à rede. Logo, a tecnologia precisa ser robusta para lidar com essa demanda.

Nesse sentido, o 5G irá interligar e conectar as tecnologias já existentes, como a telemedicina e o carro autônomo, através do sensoriamento de milhares de objetos. 

Logo, o 5G é muito mais que uma conexão rápida para a internet nos smartphones. Ele será capaz de viabilizar a automação do agronegócio e cirurgias remotas, por exemplo. 

Portanto, é essa estrutura que irá potencializar os esforços da inteligência artificial e Internet das Coisas. 

E qual a perspectiva para a chegada do 5G no Brasil? A tecnologia espera pelo leilão da rede previsto para 2021. As empresas para participarem precisam se comprometer com investimento de infraestrutura.

Assim, sobre esse contexto, Vivien Suruagy, presidente da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), afirma

“Só em questão de geração de emprego em tecnologia da informação, inteligência artificial, estamos prevendo mais de um milhão de novos trabalhadores qualificados entrando no setor, porque o 5G vai permear em todas as áreas da economia brasileira. É na saúde, na educação, na mídia, em tudo. Vai ser um mundo de dados trafegando com muito mais velocidade e menor latência“. 

A expansão do mercado de Internet das Coisas

Segundo um estudo da IDC, o investimento em cidades inteligentes deve superar 200 bilhões de dólares em todo o mundo até 2024. 

Ainda de acordo com a pesquisa, 30% das cidades usarão automação, IoT, IA e gêmeos digitais para melhorar o gerenciamento remoto de infraestrutura urbana e serviços digitais até 2025.

A IDC também fez algumas previsões para o uso de IoT nas Smart Cities. São elas:

– Sensores de IoT para detecção ambiental;

– Monitoramento de tráfego;

– Vigilância por vídeo;

Iluminação pública e controles de infraestrutura; 

– Regulação da rede elétrica e das redes de água.

Essa tecnologia também chega com força na América Latina e, consequentemente, no Brasil. Segundo com um relatório da GlobalData, o segmento deve movimentar mais de 30 bilhões de dólares na América Latina até 2023. 

No Brasil, de acordo com a Zebra Technologies, o investimento médio das companhias brasileiras em tecnologias como dispositivos IoT foi de 6,1 milhões de dólares em 2019.

– Saiba mais: IOT aplicada às Smart Cities: conheça essa tecnologia 

Carta Brasileira para Cidades Inteligentes

No final de 2020 foi aprovada a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, um documento que reúne uma agenda pública interessada nos avanços da transformação digital no Brasil. 

Além disso, ela também traz princípios, diretrizes, objetivos estratégicos e perspectivas para as Smart Cities. 

Nesse sentido, a gestão pública tem em mãos um guia para direcionar o investimento de tecnologias e inovações nas cidades inteligentes. 

“As cidades precisam se apropriar de novas tecnologias, e a Carta vem para auxiliar nesse processo de digitalização. São benefícios importantes para uma oferta de serviços públicos de excelência e que vão dar mais qualidade de vida para a população”, explica Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional. 

– Para ajudar, preparamos um material que explica em detalhe a Carta. Acesse aqui!

Gostou do conteúdo?

No blog post de hoje mostramos o que as cidades inteligentes podem esperar para os próximos anos. 

Se você gostou do conteúdo e ficou interessado, recomendamos a leitura do nosso material sobre cidades digitais. Nele, explicamos o que significa o termo e como ele interfere na perspectiva sobre cidadania. 

É só clicar aqui e acessar. 

Obrigado por acompanhar!