A maioria das cidades busca implementar os conceitos de sustentabilidade e eficiência energética na iluminação em suas práticas. Eles são buscados constantemente para melhorar a forma de interação com o meio ambiente e com os recursos disponíveis. Contudo, o que significam? Qual é o impacto que trazem para o nosso dia a dia?

A American Council for an Energy-Efficient Economy (ACEEE) realizou um estudo que permitiu ranquear os 25 países com maior consumo de energia do mundo no que diz respeito à eficiência energética. No ranking mais recente, de 2022, o Brasil ocupa a 19º posição. Em 2016, o país estava em 22º. 

O relatório, ainda, faz uma análise detalhada de todos os países participantes, elencando o que tem sido feito em prol da eficiência energética e também dos desafios enfrentados. 

No caso brasileiro, a ACEEE considerou que o gasto do governo em eficiência energética continua muito baixo em comparação com outros países analisados. A falta de incentivos à eficiência energética na iluminação, como créditos fiscais, torna difícil para o Brasil atingir seu potencial de eficiência. 

Por outro lado, a política energética no Brasil enfatiza amplamente a produção de energia renovável, especialmente nos setores de eletricidade e transporte.

Apesar de uma relativa melhora, ainda é preciso avançar – e muito – na temática. Por isso, no post de hoje, vamos discutir o que é eficiência energética e como a temática se relaciona com a iluminação pública. 

Boa leitura!

O que é eficiência energética?

O conceito de eficiência energética passa pela compreensão das diferentes formas de energia existentes

Para a realização de qualquer trabalho por qualquer tipo de aparelho, desde os mais simples, como lâmpadas, até os mais complexos, como automóveis, é necessário que haja transformação de energia. Por exemplo, a lâmpada transforma eletricidade em luz e calor.

Também chamada de utilização racional de energia, a eficiência energética é um modo de utilizar esse recurso disponível para obter um determinado resultado, da forma mais rápida e econômica possível

Essa eficiência, portanto, consiste da relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e a que de fato é disponibilizada para a sua realização.

Qual o principal aspecto da eficiência energética na iluminação?

De acordo com a Nota Técnica da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), cerca de 50% do consumo energético no Brasil ocorre em edificações comerciais, residenciais e do setor público. 

Pensar em formas de tornar esse consumo mais eficiente, portanto, é de extrema importância. Um dos caminhos a ser seguido é a utilização de luminárias de LED.

Os diodos emissores de luz, ou LED, são dispositivos que emitem luz por passagem de corrente elétrica e é essa característica que os difere das fontes de luz tradicionais. Nesse contexto, o LED aumenta a eficiência energética na iluminação, visto que produz mais luz por watt consumido, levando à economia de energia, de 50% a 80%, quando comparado a outros tipos de lâmpadas.

Como saber a eficiência energética de uma lâmpada?

A eficiência luminosa diz respeito a quanto de energia elétrica é gasto para que a lâmpada acenda e quanto o fluxo luminoso alcança com determinada quantidade de energia.

Para saber a eficiência energética de uma lâmpada, portanto, é preciso dividir o fluxo luminoso, medido em lúmens, pela potência energética, medida em Watts.

Vejamos um comparativo de eficiência energética na iluminação entre três tipos de lâmpadas para clarear o conceito. 

Vê-se, portanto, que a lâmpada de LED é mais eficiente energeticamente em comparação a outras tecnologias.

O que influencia a eficiência luminosa de uma lâmpada?

Alguns fatores são determinantes para a eficiência luminosa, como tamanho, tipo e formato. Porém, o principal ponto é a tecnologia utilizada nas lâmpadas. 

Como observamos na tabela acima, a lâmpada fluorescente é superior a incandescente em termos de eficiência. No entanto, o LED é superior a ambas, visto a tecnologia utilizada para sua produção. 

Certificação PROCEL

O Selo Procel de Economia de Energia é uma ferramenta que permite ao consumidor conhecer quais equipamentos disponíveis no mercado são mais eficientes energeticamente

Para a certificação, são estabelecidos índices de consumo e desempenho para cada categoria de equipamento. 

No caso das lâmpadas de LED, para receber o selo, elas devem atender a critérios específicos de segurança, qualidade e desempenho, como uma vida mínima de 25000 horas e alto fator de potência.

Qual o papel da Iluminação Pública?

A Agência Internacional de Energia considera que o consumo de energia com iluminação é responsável por 19% de toda a energia elétrica gerada no mundo. Atualmente, 86% dos brasileiros vivem em áreas urbanas contempladas pela iluminação pública. 

Além de trazer qualidade de vida e segurança, a iluminação influencia diretamente no aquecimento da economia por proporcionar atividades em horários que antes as pessoas estariam dentro de suas casas.

Contudo, apesar de ter grande potencial para impactar a vida das pessoas positivamente, a iluminação acaba sendo um dos principais vilões contra a eficiência energética, por causa do material utilizado ainda na maioria das lâmpadas: o vapor metálico. 

Com essas lâmpadas, a iluminação pública hoje é responsável por 25% das emissões de dióxido de carbono no planeta.

A tecnologia LED na iluminação pública

Uma das soluções mais práticas na busca da eficiência energética é a modernização do parque de iluminação pública

Como falado nos tópicos anteriores, a troca das lâmpadas de vapor metálico por LED é a principal estratégia das empresas na luta contra o desperdício.

Além da duração estendida de mais de 100 mil horas, o que é cinco vezes mais do que as de vapor metálico, elas não poluem o meio ambiente. Outro fator importante é que, com as lâmpadas LED, a necessidade de manutenção cai em até 60%.

Quais as vantagens da iluminação LED?

Muitos dos benefícios da iluminação de LED já foram mencionados no tocante à eficiência energética na iluminação. Porém, esse tipo de lâmpada também traz outras vantagens, como:

  • Maior conforto visual: no que diz respeito ao conforto visual e à maior nitidez para os usuários, o LED promove um facho de luz direcionado e apresenta um índice maior de reprodução de cores;
  • Não necessitam de reatores: o reator é um equipamento que limita a corrente elétrica, bastante comum em lâmpadas fluorescentes. No caso da iluminação LED, já existe um driver integrado que exclui a necessidade dos reatores; 
  • Possuem um raio de iluminação maior: enquanto uma lâmpada de vapor metálico irradia luz em 360º e espalha parte dela, a luz de LED é direta e focada, representando maior conforto e maior segurança física e de trânsito, no caso da iluminação pública;
  • Não emite gases nocivos: além da economia, as lâmpadas de LED não emitem radiação UV e não contêm mercúrio, substância altamente tóxica encontrada nas lâmpadas de vapor metálico;
  • Gerenciamento e monitoramento remoto: as luminárias de LED podem ser integradas a circuitos providos de microprocessadores que são planejados para receber comandos remotamente. No caso da IP, esse gerenciamento à distância possibilita diversas funcionalidades vinculadas à IoT nas cidades.

Conclusão

No post de hoje, mostramos a importância das lâmpadas com maior eficiência energética na iluminação, como as de LED. Esse tipo de lâmpada, quando utilizada no parque de iluminação pública de cidades, traz benefícios reais, como economia de energia, menor necessidade de manutenção e longa vida útil. 

Essa modernização, no entanto, passa também pela utilização de um software de gestão da iluminação pública, como o da Exati Tecnologia.

Essa automação permite acompanhar os dados em tempo real, como acesso à informações registradas no sistema, tornando mais fácil e rápida essa consulta.

O software também permite agrupar solicitações duplicadas – o que facilita o trabalho da equipe – analisa dados e distribui informações para as pessoas certas.

Além disso, na parte prática, saber quais pontos estão defeituosos e a capacidade do gerenciamento remoto contribui diretamente para melhorar a eficiência energética na iluminação da cidade. 

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