Sem dúvidas, a manutenção das vias urbanas se tornou um grande desafio a medida que as cidades crescem. Mas será que esse crescimento é planejado?

Diante dos acontecimentos recentes em grandes centros urbanos como Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre, passou-se a questionar até que ponto as cidades estão preparadas para oferecer qualidade de vida à população.

Embora desastres naturais e acontecimentos intensificados pelo aceleramento do aquecimento global tenham grande impacto na vida urbana, essas cidades também sofrem com situações comuns a qualquer outra cidade que tenha grande fluxo de veículos.

Veja, a seguir, alguns erros de gestão que provocam o agravamento da situação das ruas e avenidas brasileiras.

Ausência de projetos bem estruturados

Um dos grandes problemas encontrados tanto em centros urbanos quanto em cidades do interior é a deficiência na manutenção das vias urbanas.

Embora algumas medidas corretivas sejam tomadas, nem sempre estão de acordo com as reais necessidades da ocorrência, tampouco com a padronização nos processos.

Uma das explicações para tantas ocorrências e reclamações das vias públicas brasil afora está associada ao desenvolvimento de uma projeto incompatível com a realidade de determinada região. Quer um exemplo prático?

Imagine um projeto destinado à pavimentação de uma rua movimentada de sua cidade. No entanto, o fluxo de veículos pesados como ônibus e caminhões foi desconsiderado ou mal calculado.

O resultado poderá ser visto após o término das obras e da liberação das vias, quando o tráfego intenso gerar deformidades na pista. 

Desconsiderar fatores ambientais

O Brasil é o maior país da América do Sul e o quinto maior do mundo em extensão territorial, com uma área que corresponde à 8 511 965 km². No total, isso equivale a 47% do território sul-americano.

Com tamanhas dimensões, observa-se variações de clima marcantes de acordo com cada região.

Assim, nem sempre determinada padronagem ou uso de materiais brutos específicos serão adequados para executar uma obra de prevenção ou correção. 

Cabe, então, ao profissional responsável, atentar-se à correta execução do projeto e garantir sua implementação.

É importante destacar que agentes naturais como o calor intenso e a ação das águas pluviais podem acelerar o processo de deformação, sendo necessário que mecanismos que escoamento e drenagem também sejam planejados.

Adotar práticas corretivas ao invés de preventivas

Outra razão é a ineficiência na identificação dos problemas existentes.

Quando um problema simples como trincas na camada superficial do asfalto é percebido e os procedimentos para correção não são realizados no tempo correto, a tendência é  que este se agrave podendo, inclusive, gerar sérios danos à camada estrutural da via.

Além de gerar mais transtornos e riscos de acidentes para a população, há elevação nos custos totais e maior esforço para realizar os reparos.

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ao longo de 2019 foram gastos mais de R$ 11,2 milhões somente em operações tapa-buracos, recursos que poderiam ser utilizados na ampliação e modernização das vias, bem como na sua sinalização.

Por esses motivo que trabalhos externos de identificação e atenção aos canais de atendimento público são tão importantes.

Por meio deles, é possível agir de forma preventiva, reduzindo expressivamente os diversos transtornos envolvidos no deslocamento urbano e os custos de manutenção para o poder público. 

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Para que você possa entender mais sobre o assunto, preparamos um conteúdo com 4 dicas exclusivas para evitar o desperdício de massa asfáltica e otimizar a gestão de ruas e avenidas no Brasil.

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