As Smart Cities estão diretamente relacionadas com inovação, tecnologia, conectividade e soluções altamente inteligentes. Contudo, antes mesmo disso se provar na prática, é preciso haver planejamento urbano.
Neste blog post queremos te mostrar o que é um planejamento urbano, qual a importância e como isso se aplica às Smart Cities.
Boa leitura!
O que é planejamento urbano e qual sua importância?
Planejamento urbano pode ser definido como o processo que busca controlar e coordenar o desenvolvimento das cidades.
Por meio de regulamentações, normas e intervenções, o planejamento atende uma série de objetivos para os ambientes urbanos, como mobilidade e sustentabilidade.
Por isso, questões como saneamento, transporte e modais, vias públicas, policiamento, educação, crescimento demográfico e industrial, iluminação, arborização, gestão de resíduos e demais verticais são levadas em conta no planejamento das cidades para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.
É pensando nisso que surgem normativas como a Política Nacional de Mobilidade Urbana. A Lei nº12.587/12 institui que cidades com mais de 20 mil habitantes devem ter um planejamento de mobilidade urbana e tem direito a repasse do governo federal para efetivação deste plano.
De acordo com a regulamentação, o planejamento urbano de uma cidade deve tratar da circulação de pessoas e veículos, priorizando pedestres e transportes coletivos.
O mesmo ocorre com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Nele, o governo federal institui como as cidades devem planejar e executar o manejo dos resíduos nos municípios, privilegiando a coleta seletiva, a logística reversa e os aterros sanitários.
Além disso, outro exemplo de ferramentas utilizadas no planejamento urbano são os planos de arborização implantados em cada município. Por meio deles, é possível diagnosticar e implantar ações de arborização nas cidades, melhorando a qualidade de ar e aumentando as áreas verdes.
O que estamos tentando mostrar é: os planos de mobilidade, resíduos e arborização são alguns dos ótimos exemplos da importância do planejamento para as cidades, além de serem ferramentas fundamentais para as gestões municipais.
É por meio de um planejamento bem elaborado e estruturado que ações estratégicas são tomadas, encontrando soluções para as falhas dos ambiente urbano.
Como aplicar o planejamento urbano às Smart Cities?
Agora que já entendemos o que é e por que realizar o planejamento urbano da sua cidade, vamos entender como isso funciona no contexto das cidades inteligentes.
Além disso, é preciso relembrar que existem duas modalidades de Smarts Cities: as que já nascem assim e as que são adaptadas. Em ambos os casos é necessário um planejamento bem desenvolvido.
As que já nasceram projetadas para serem inteligentes são totalmente centradas em tecnologia, conectividade, sustentabilidade e segurança.
Um ótimo exemplo de cidade nesse modelo é Fujisawa Sustainable Smart Town. Construída no leste do Japão, o ambiente urbano foi planejado para contar com serviços de compartilhamento de carros e bicicletas elétricas, casas alimentadas por energia solar e os moradores têm incentivo financeiro para reduzirem o consumo de energia.
Porém, a maioria das cidades não nasceram no modelo smart e tiveram que sofrer adaptações conforme os anos para corrigir os problemas encontrados.
Para essas cidades o planejamento é de extrema importância, visto que a estruturação de novos projetos nos espaços urbanos irão impactar diretamente a rotina dos cidadãos. Por isso, o diagnóstico do problema, o planejamento e a execução devem ser excelentes.
– Você pode se interessar por: O que é e como funciona uma consulta pública?
Uma das cidades que se adaptou para o modelo inteligente e é um exemplo a ser seguido é Copenhague, na Dinamarca. A cidade é pioneira no uso de ciclovias, utiliza a iluminação de LED em toda a rede urbana e tem o compromisso de se tornar a capital do carbono neutro até 2015.
Como isso é possível? Através de um planejamento que analise o impacto das iniciativas propostas, trace objetivos, custo estimado das obras e siga o roteiro descrito no plano.
O caso de Cartagena: o que podemos aprender com ele?
A cidade de Cartagena, na Espanha, é um case interessante de planejamento quando se fala em Smart Cities. O objetivo da cidade espanhola era adaptar alguns dos seus sistemas já existentes para modalidades inteligentes.
No caso de Cartagena, isso incluia renovação da iluminação pública, melhoria do transporte coletivo, sensorização de parques e jardins municipais, implantação de sistemas para pessoas com mobilidade reduzida e outras verticais importantes para a cidade.
Como isso foi feito? Bom, a gestão decidiu que todos os órgãos municipais participariam da construção do planejamento, de forma a garantir um processo colaborativo e, consequentemente, de sucesso.
Além disso, o planejamento urbano em Cartagena permitiu:
– Análise do modelo atual da cidade e das iniciativas em andamento;
– Entendimento das tendências e histórias de sucesso no desenvolvimento de cidades inteligentes;
– Integração da estratégia local com a autônoma, nacional e europeia;
– Identificação de iniciativas individuais a serem desenvolvidas;
– Revisão de aspectos legais, modos de prestação de serviços e modelos tecnológicos;
– Análise do impacto das iniciativas, objetivos e custo estimado;
– Priorização de ações e roteiro;
– Definição de linhas estratégicas que refletem as prioridades da cidade e as áreas nas quais se posicionar como referência.
Por fim, é importante reforçar que ao propor um projeto de cidade inteligente é preciso adaptá-lo à cada cidade, entendendo os aspectos que podem torná-lo diferente e, assim, melhorá-lo.
Além disso, as iniciativas devem ser adaptadas ao seu tamanho, capacidade e interesses.
E a execução?
A partir do momento que entendemos tudo sobre planejamento urbano e como ele se relaciona às Smart Cities, você pode estar se questionando: como deve ser feita a execução de obras e a gestão de uma cidade inteligente?
É nesse sentido que falamos na utilização de sistemas e softwares que sejam capazes de realizar a gestão de cidades inteligentes.
Uma plataforma para Smart Cities deve ser capaz de manter uma cidade organizada e integrada, de forma que o gestor consiga ter acesso a todas as informações da ambiente urbano, otimizar o trabalho das equipes em campo e agilizar a solução e manutenção dos serviços públicos – funcionando exatamente como um Smart City.
Para você entender como e quais os serviços públicos podem ser otimizados através de uma plataforma de gerenciamento inteligente, preparamos um conteúdo exclusivo.
Nele, mostramos como o um software pode viabilizar o funcionamento e a manutenção das Smart Cities nos dias atuais, de forma que a tecnologia venha ajudar e melhorar a qualidade de vida da população. Confira!
Exati
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