Poluição luminosa é toda a iluminação artificial usada inadequadamente ou de uma maneira que não seja seu objetivo principal. Esta forma de poluição transcende as barreiras físicas e influencia não apenas o ambiente urbano, mas também a saúde humana, o equilíbrio ecossistêmico e até mesmo a contemplação do cosmos.

Neste artigo, exploraremos não apenas o que caracteriza a poluição luminosa, mas também como ela impacta os seres humanos, o ecossistema e a astronomia, oferecendo uma visão holística de seus efeitos.

O que é poluição luminosa?

A poluição luminosa, segundo a definição da especialista e ex-ministra da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Tânia Dominici, pode ser caracterizada como “toda iluminação artificial usada inadequadamente ou de uma maneira que não seja seu objetivo principal”. 

Essa abordagem ampla inclui o uso excessivo de luz artificial em várias formas, como lâmpadas de lojas, prédios residenciais, faróis de carros, letreiros publicitários e até iluminação pública mal direcionada.

Quando a intensidade luminosa ultrapassa os limites considerados apropriados ou quando a luz se espalha para além das áreas destinadas, os impactos da poluição luminosa tornam-se notáveis, afetando vários aspectos da vida no planeta. Alguns exemplos ilustram a extensão desses efeitos.

Impactos nos seres humanos

O uso excessivo de luz artificial está associado a uma série de problemas de saúde para os seres humanos. A exposição prolongada pode aumentar o risco de desenvolvimento de câncer de mama em 14%, além de causar alterações no ciclo biológico, desregulação do sono, transtornos de humor, estresse e depressão. 

A poluição luminosa, portanto, não só altera a paisagem urbana, mas também impacta diretamente a saúde e o bem-estar da população.

Impactos no ecossistema

A poluição luminosa interfere significativamente no equilíbrio natural dos ecossistemas, afetando o comportamento de diversas espécies, alterando padrões migratórios, ciclos alimentares e reprodutivos. 

Ademais, a luz artificial pode induzir processos como a fotossíntese, levando ao crescimento anormal de plantas e ao florescimento descontrolado de certas espécies. Essas mudanças têm implicações profundas na biodiversidade e na estabilidade dos ecossistemas locais.

Impactos na Astronomia

A poluição luminosa não se restringe apenas ao ambiente terrestre; ela também afeta a observação do cosmos. Ao ofuscar o céu noturno, reduz a visibilidade das estrelas e compromete a realização de pesquisas astronômicas. 

Esse fenômeno não só prejudica a visão do universo, mas também limita o avanço do conhecimento científico relacionado ao espaço.

Diante desses impactos, é evidente que a quantidade excessiva de luz emitida nos centros urbanos, especialmente nas áreas de rápido crescimento populacional, exige uma abordagem multidisciplinar e uma conscientização generalizada. 

A mitigação da poluição luminosa não só preserva a saúde humana e a biodiversidade, mas também resguarda a apreciação do esplendor do céu noturno e o avanço das pesquisas astronômicas.

Exemplos de iluminação que causam a poluição luminosa

De acordo com a cartilha elaborada pelo Laboratório Nacional de Astronomia (LNA), a poluição luminosa se desdobra em três categorias distintas. Vamos explorar cada uma delas para entender melhor como a iluminação contribui para esse fenômeno prejudicial.

1. Skyglow – Brilho no Céu

O skyglow, caracterizado pelo brilho alaranjado no céu, é amplamente prevalente nas cidades devido ao uso predominante de lâmpadas de vapor de sódio. Esse tipo de poluição luminosa não se restringe a impactos locais, tornando-se visível a mais de 300 km de distância no espaço. 

Em áreas urbanas com alta concentração de poluentes atmosféricos, os efeitos do skyglow tendem a se intensificar, exacerbando os danos causados pela poluição luminosa.

2. Glare – Ofuscamento

O glare, resultante da má posição ou falta de proteção das fontes de luz, manifesta-se quando a luminosidade excessiva prejudica a visibilidade, causando desconforto e até mesmo cegueira momentânea. 

Nas movimentadas vias urbanas, o glare é frequentemente observado, especialmente quando faróis altos incidem diretamente no olhar dos motoristas. Ainda, letreiros iluminados ao longo das rodovias contribuem para esse tipo de poluição luminosa, impactando negativamente a experiência de direção.

3. Light Trespass – Luz Intrusa

Como sugere o próprio nome, o light trespass ocorre quando a luz incide em um ambiente que não requer iluminação. Outdoor, lâmpadas de vizinhos e mesmo a iluminação pública inadequada são fontes comuns de luz intrusa. 

Esse tipo de poluição luminosa invade espaços não destinados à iluminação, como janelas de quartos, prejudicando a escuridão necessária para um sono saudável. É esse excesso de luz noturna que está diretamente associado a problemas como insônia, estresse e depressão, impactando a qualidade de vida das pessoas.

Ao entender esses exemplos de iluminação que contribuem para a poluição luminosa, torna-se evidente a necessidade de estratégias eficazes para mitigar esses efeitos negativos, promovendo ambientes mais saudáveis e sustentáveis.

A lâmpada LED como uma solução

Primeiramente, é importante saber que a iluminação pública não é um problema de poluição luminosa quando utilizada de maneira correta. Isso porque, a iluminação pública é um serviço público que visa oferecer condições de desenvolvimento e qualidade de vida.

Em outras palavras, é importante que haja iluminação apenas onde for preciso, durante o tempo necessário e que a luz seja adequada para cada ambiente e/ou situação.

Dessa forma, para amenizar a poluição luminosa, as lâmpadas de LED possuem diferentes características que influenciam diretamente no projeto de iluminação das cidades.

Mesmo emitindo uma luz mais forte do que as lâmpadas convencionais, a iluminação pública com LED requer planejamento e instalação com luminárias corretas. Para que dessa forma, a luz seja emitida apenas no espaço determinado. 

Além disso, adotar outras soluções em LED como sensores de presença, refletores e iluminação dimerizada são fundamentais para controlar a intensidade da luz e economizar energia. 

Isso se justifica porque o sistema com LED demanda menos energia do que os sistemas convencionais, reduz custos e possibilita o gerenciamento dos parques de iluminação de maneira inteligente sem deixar de lado a eficiência energética.

O que diz a Legislação?

O levantamento realizado pela Remote Sensing revela que a luz artificial detectável por satélite aumentou nos últimos 25 anos em todo o mundo. Em números, isso representa um aumento de 49% no que diz respeito à poluição luminosa

Diante dos riscos da excessiva iluminação no planeta, o Projeto de Lei 1400/21 (ainda em análise) busca tornar a poluição luminosa um crime ambiental. A proposta tem como base os impactos do uso da iluminação artificial em desacordo com os padrões estabelecidos.

Em outras palavras, a proposta afirma que a poluição luminosa:

  • Afeta a saúde e o bem-estar da população;
  • Prejudica as atividades sociais e econômicas;
  • Impacta negativamente a vida de animais e vegetais; 
  • Interfere nas condições estéticas e sanitárias do meio ambiente. 

Por esse motivo, utilizar a luz artificial de forma correta se faz cada vez mais necessário para mitigar os impactos socioambientais.

Exati: seu apoio para uma gestão da iluminação pública de modo a combater a poluição luminosa

Em meio aos desafios impostos pela poluição luminosa, surge a Exati como uma líder absoluta em soluções para o gerenciamento da iluminação pública no Brasil. 

Com um sistema otimizado especialmente para Parcerias Público-Privadas (PPPs) e os principais editais do mercado, a Exati se destaca como uma aliada essencial na busca por ambientes urbanos mais sustentáveis e saudáveis.

A gestão adequada da iluminação pública é crucial para combater a poluição luminosa, e a Exati se posiciona na vanguarda desse movimento. Seu sistema oferece não apenas eficiência operacional, mas também uma abordagem que promove a economia de energia e a redução dos impactos ambientais.

Conheça como a Exati pode te ajudar na gestão de iluminação pública e descubra como podemos juntos iluminar o caminho para um futuro mais consciente e equilibrado.