Em junho de 2019 foi criado o Plano Nacional de Internet das Coisas. O documento é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Economia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em conjunto com a sociedade civil. 

O embasamento para a criação do plano, portanto, veio do estudo “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil” realizado pelo BNDES e o MCTIC.  

Assim, neste estudo foi discutido em quais eixos a IoT poderia ser aplicada no país como um instrumento de desenvolvimento sustentável da sociedade. 

De acordo com o secretário do MCTIC, Paulo Alvim, o plano irá impactar a indústria, agricultura, serviços e cidades inteligentes, além de elevar o nível da mobilidade urbana, segurança pública, saúde e educação. 

Alvim também afirma que o país tem muito a ganhar em produtividade, competitividade e inovação. As novas oportunidades, portanto, irão se apresentar como ganhos para o Brasil.

Mas do que exatamente este plano trata e quais suas principais implicações para as Smarts Cities? É o que veremos neste blog post. Acompanhe!

1 – Quais os objetivos do Plano Nacional de Internet das Coisas?

O documento, vigorado em 2019, traz os principais objetivos logo no seu terceiro artigo. Para o Governo Federal, a Internet das Coisas (IoT) no Brasil deve: 

– Melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover ganhos de eficiência nos serviços;

– Promover a capacitação profissional relacionada ao desenvolvimento de aplicações de IoT e a geração de empregos na economia digital;

– Incrementar a produtividade e fomentar a competitividade das empresas brasileiras desenvolvedoras de IoT;

– Buscar parcerias com os setores público e privado para a implementação da IoT; 

– Aumentar a integração do país no cenário internacional, por meio da participação em fóruns de padronização, da cooperação internacional em pesquisa, desenvolvimento e inovação e da internacionalização de soluções de IoT desenvolvidas no Brasil. 

Ou seja, as metas do relatório são claras. Elas envolvem a melhoria da qualidade de vida das pessoas e a promoção de ganhos de eficiência nos serviços por meio da IoT. 

Além disso, o documento visa a promoção da capacitação profissional para desenvolvimento de soluções de Internet das Coisas, geração de empregos,  incremento da produtividade e incentivo à competitividade das empresas brasileiras de IoT.

2 – O Plano institui áreas prioritárias?

Sim. A pesquisa realizada pelo BNDES e pelo MCTIC delimitou que os investimentos em IoT deveriam ser aplicados prioritariamente em áreas capazes de aumentar a competitividade na economia, fortalecer a cadeia produtiva e melhorar a qualidade de vida das pessoas. 

Assim, levando em conta os fatores supracitados, foram delimitadas quatro eixos principais: cidades, saúde, meio rural e indústrias.

Dessa forma, o decreto estabelece que essa priorização é relevante e serve de referência para acesso a mecanismos de fomento à pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação e apoio ao empreendedorismo de base tecnológica. 

3 – Qual o órgão responsável por assessorar e acompanhar a implementação do decreto?

De acordo com o documento, cabe a Câmara IoT essa responsabilidade. Cabe ao colegiado monitorar e avaliar as iniciativas do plano; promover parcerias entre entidades públicas e privadas; discutir com órgãos públicos os temas os plano; e estimular o uso e desenvolvimento de soluções IoT. 

4 – Qual o impacto do Plano Nacional de Internet das Coisas nas Smart Cities?

Na já pesquisa citada “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil”, vimos que as cidades devem ser privilegiadas quando o assunto é aplicação da tecnologia IoT.

Isso ocorre por que a IoT nas cidades tem o potencial de elevar a qualidade de vida da população por meio da adoção de tecnologias e práticas que viabilizam a gestão integrada dos serviços para o cidadão e a melhoria da mobilidade, segurança pública e uso de recursos. 

O estudo realizado pelo BNDES derivou a “Cartilha para Cidades“, um documento que detalha passo a passo como os gestores devem aplicar as soluções de IoT nas Smart Cities. 

Na cartilha, identificou-se que as aplicações de Internet das Coisas têm impacto significativo em quatro eixos nos espaços urbanos: mobilidade, segurança pública, eficiência energética e saneamento básico. 

Vamos ver como a Internet das Coisas pode impactar em cada uma dessas variáveis. 

Mobilidade

Por meio do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para o controle adaptativo da sinalização de trânsito, a IoT pode melhorar a mobilidade nas cidades. Dessa forma, é possível reduzir de custos, consumo de combustível e diminuir geração de poluição atmosférica. 

Segurança pública

Com relação a segurança, uma das aplicações da IoT é o monitoramento de eventos através de câmeras capazes de captar e identificar sons. Esses equipamentos possibilitam coordenar a ação policial, reduzir o número crimes e salvamento de vidas. 

Eficiência energética 

A telegestão da iluminação pública é uma das aplicabilidades da Internet das Coisas na cidade. Os dispositivos da telegestão ficam acoplados nas luminárias públicas da cidade. Além de controlar remotamente os ativos, trazem a capacidade de realizar medições, que são interpretadas pelo software e armazenadas dentro do próprio dispositivo. 

Ficou interessado na temática?

Logo, o Plano Nacional de Internet das Coisas é um documento que traz insights interessantes sobre IoT e sua aplicabilidade nas Smart Cities. 

Além disso, a Cartilha para Cidades é também um manual de como os espaços urbanos podem utilizar essa tecnologia da melhor forma. 

Para você entender mais sobre como as cidades podem ser beneficiadas com um sistema inteligente, é só clicar aqui!