O termo Internet das Coisas (IoT), Internet of Things em inglês, foi utilizado pela primeira vez em 1999 pelo cientista de comunicação Kevin Ashton. 

Ao buscar maneiras para que a Procter & Gamble (P&G) obtivesse melhora nas suas transações comerciais, Ashton teve a ideia de introduzir um sistema de rastreabilidade de produtos através da Identificação por Radiofrequência (RFID). 

A tecnologia RFID, portanto, se configura como um sistema de comunicação de curto alcance, em que um item pode ser escaneado e lido automaticamente por meio de sensores, dispensando o código de barras. 

Assim, para apresentar a tecnologia RFID acoplada a sensores de leitura para a P&G, Ashton utilizou o termo Internet das Coisas, com o objetivo de mostrar que a conectividade de objetos físicos à uma rede de computadores pode tornar o mundo mais inteligente. 

O que é e como funciona a Internet das Coisas

Assim como Ashton preceitua, a IoT é definida como qualquer dispositivo, item ou objeto que consiga se comunicar com outros sistemas por meio de uma conexão de rede. 

Dessa forma, quem faz uso dessa tecnologia ganha velocidade e praticidade, visto que as conexões sem fio e automatizadas diminuem o tempo das operações. 

É nesse contexto que os objetos do dia a dia que possuem conexão à rede e se comunicam entre si, como câmeras de segurança, bens de consumo, relógios, tablets, celulares e outros, fazem parte das soluções IoT. 

Por exemplo, o aplicativo de trânsito como o Waze, que permite diversos usuários fornecerem informações acerca do tráfego em tempo real, é uma das aplicações da Internet das Coisas. 

Os smartwatches também são objetos que possuem tecnologia IoT, uma vez que são capazes de monitorar atividades físicas e batimentos cardíacos através de sensores acoplados no próprio relógio. 

A IoT no cenário empresarial 

Além da aplicação do conceito IoT no dia a dia das pessoas, as empresas, com objetivo de aumentar a produtividade e reduzir custos, também buscam utilizar essa tecnologia na cadeia de produção. 

A Zebra Technologies, uma companhia norte americana, divulgou o Índice Anual de Empresas Inteligentes de 2019, uma pesquisa acerca do uso da Internet das Coisas no ambiente empresarial. 

Realizado em nove países, incluindo o Brasil, o estudo constatou que 61% das companhias fizeram uso de alguma tecnologia de IoT em 2019, em comparação a apenas 49% em 2018. 

Além disso, a Zebra Technologies estabeleceu que, para que uma empresa seja considerada inteligente, ela deve atingir 75 pontos ou mais no índice de implementação de IoT. Seguindo esse padrão, em 2019, 17% das companhias atingiram a pontuação para serem classificadas como inteligentes. 

Assim, tendo em vista esse cenário, Drew Ehlers, futurista global da Zebra, afirma que muitas empresas já compreendem onde e como aplicar as soluções de IoT, observando também que mais investimentos devem ser feitos nos próximos anos.

Aplicação prática: Smart Cities   

A partir do momento que se compreende o que é a Internet das Coisas e como ela vem sendo utilizada, fica mais simples entender as soluções propostas por essa tecnologia no dia a dia. 

Um dos principais exemplos quando se trata de IoT são as Smart Cities que, com a ajuda da tecnologia, transformam cidades comuns em inteligentes e tornam descomplicado o cotidiano da população.  

Além disso, o conceito de Smart City está relacionado a aplicação de tecnologia para modernizar a gestão pública, trazendo redução de gastos e excelência nas operações. 

Nesse cenário, é realizado anualmente o Ranking Connected Smart Cities, cujo objetivo é elencar quais cidades brasileiras são mais inteligentes e conseguem trazer interação com os cidadãos.

O ranking tem como base 11 eixos para estabelecer o conceito de Smart City, são eles: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. 

Ou seja, uma cidade realmente inteligente é capaz de trazer inovação e soluções para a população seguindo os eixos supracitados, de forma a sempre otimizar a rotina de quem utiliza a cidade. 

O último ranking, realizado em 2019, apontou Campinas (SP) como a cidade mais inteligente do Brasil, seguido de São Paulo e Curitiba. 

Outro destaque em solo brasileiro é Laguna (CE), a primeira cidade inteligente do mundo que tem como foco a habitação social. 

As principais inovações presentes no projeto de Laguna, que tem como base a Internet das Coisas para sua execução, são a coleta de lixo inteligente, irrigação conforme o clima, iluminação pública inteligente, compartilhamento de bicicletas e carros e outras tecnologias que facilitam o dia a dia da população. 

Conheça mais sobre IoT e cidades inteligentes

Logo, a Internet das Coisas está presente no dia a dia da população facilitando e otimizando a forma com que pequenas e grandes atividades são feitas. A inovação já é realidade, basta nos adaptarmos a ela. 

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