A competitividade mercadológica exige soluções e melhorias contínuas para atingir resultados com máxima eficiência. Por esse motivo, as técnicas e procedimentos relacionados à manutenção corretiva, preventiva e preditiva são fundamentais para estabelecer um plano de gerenciamento completo para as organizações.
Isso porque a manutenção otimiza processos, promove um fluxo de trabalho mais produtivo e garante a vida útil de equipamentos, máquinas, ferramentas e instalações.
Em outras palavras, o processo de manutenção envolve adequação, conservação e restauração dos materiais. Dessa forma, é possível saber exatamente tudo que foi feito, ter um desempenho elevado e ainda reduzir custos na empresa.
Mas é importante ressaltar: as manutenções corretivas, preventivas e preditivas possuem particularidades e funções diferentes para cada necessidade e demanda organizacional.
Portanto, é importante identificar os tipos de manutenção, as diferenças entre elas e quando devem ser aplicadas. Dessa forma, há mais assertividade e eficiência no planejamento e funcionamento da área de manutenção.
A seguir, vamos trazer detalhes de cada modelo de manutenção para você entender melhor qual é o mais indicado para a sua empresa.
Quais os tipos de manutenção?
Como falamos anteriormente, compreender os tipos de manutenção e como se dividem são fatores cruciais para iniciar qualquer processo e tomada de decisão com mais assertividade.
Contudo, antes de diferenciar a manutenção corretiva, preventiva e preditiva, é preciso saber sobre duas outras formas de classificação: a manutenção não planejada e a planejada.
Manutenção não planejada
Como o próprio nome já diz, a manutenção não planejada não atende os requisitos básicos de funcionamento e operação para que serviços sejam executados com a qualidade, custo e prazo esperados.
Em outras palavras, máquinas, equipamentos e ferramentas com erros e falhas são paradas por completo, comprometendo todo processo operacional. Nesse caso, recomenda-se a aplicação da manutenção corretiva emergencial – técnica utilizada após falhas e paralisações dos ativos de forma imediata.
Entretanto, é importante dizer que a manutenção não planejada é considerada um dos grandes problemas da falta de gestão em muitas organizações. É o que revela as pesquisas.
De acordo com o The Wall Street Journal, aproximadamente 50% das empresas americanas enfrentam problemas de qualidade com operações pausadas de forma não planejada. Em números, isso representa um prejuízo de até US$50 bilhões por ano às indústrias.
Manutenção planejada
A manutenção planejada, por sua vez, tem o objetivo de identificar, prevenir e até mesmo minimizar todo e qualquer indício de falha, quebra ou mal funcionamento dos equipamentos.
Essa técnica visa pela resolução de problemas com máxima antecedência. Nesse caso, os ativos têm o seu processo interrompido de forma programada e sem interferências na produção.
Por esse motivo, a manutenção planejada está diretamente ligada à manutenção preventiva e preditiva. Confira abaixo detalhes de cada procedimento!
Manutenção Corretiva
A manutenção corretiva é utilizada para corrigir problemas e falhas após ativos apresentarem defeitos que impedem o seu funcionamento.
Na prática, peças e equipamentos são restaurados para as condições originais, garantindo que a operação volte o mais rápido possível e dentro das especificações. Por esse motivo, a manutenção corretiva é considerada uma técnica não programada e de alto risco para as empresas.
As paralisações operacionais não planejadas provocam custos extras com substituição de peças, mão de obra e até mesmo acidentes de trabalho. Além disso, a capacidade produtiva, entregas e lucros são comprometidos de forma significativa.
Manutenção Preventiva
De acordo com o Guia de Boas Práticas do Departamento de Energia dos Estados Unidos, 88% das empresas industriais realizam a manutenção preventiva no dia a dia.
De fato, o número expressivo está atrelado à característica do procedimento, da qual, a manutenção preventiva ocorre mesmo que não haja danos nos ativos. Dessa forma, a manutenção é realizada periodicamente para prevenir futuros problemas.
Na prática, são intervenções e vistorias planejadas que auxiliam gestores e encarregados de manutenção a reduzir desgastes e qualquer tipo de problema em máquinas e equipamentos. Sem dúvidas, o procedimento evita prejuízos e interrupções inesperadas no processo operacional.
Manutenção Preditiva
Conforme o Guia de Boas Práticas citado acima, a manutenção preditiva é cerca de 40% mais econômica do que a manutenção corretiva e 12% em comparação com a preventiva. Isso porque, as duas atuam de forma semelhante nas organizações.
Entretanto, a diferença para a preditiva é que ela indica as reais condições dos ativos, por meio de dados que informam e prevêem a vida útil de máquinas e equipamentos.
Com o acompanhamento regular, o objetivo é reduzir o número de aplicações de manutenção corretiva e preventiva, uma vez que a técnica é baseada em análises.
Dessa forma, é possível identificar o momento ideal para reparos, evitando danos, paralisações e ações de manutenção corretiva que geram número maior de custos.
Manutenção corretiva, preventiva e preditiva: qual é a ideal?
Devido aos diferentes tipos de manutenção, é comum que gestores tenham dúvidas em qual opção é a mais adequada para cada ativo.
Acima, nós trouxemos as características, diferenças e vantagens de cada modalidade. Mas para facilitar a tomada de decisão, há uma metodologia chamada: matriz de criticidade.
A matriz de criticidade ajuda a identificar qual manutenção é ideal para cada ativo, conforme a sua importância no processo de produção. Ou seja, a matriz revela quanto uma máquina é indispensável para que a operação organizacional funcione perfeitamente.
Para classificar os ativos com maior importância, a análise da matriz tem como base o método ABC.
- Grupo A: criticidade alta. São indispensáveis para a produção organizacional;
- Grupo B: criticidade média. São importantes, mas não indispensáveis para a produção organizacional;
- Grupo C: criticidade baixa. Não representam ameaça ao processo quando são paralisados.
Para dar continuidade na classificação, é importante que gestores levem em consideração os seguintes critérios de avaliação:
- Segurança: quais ativos podem causar acidentes de trabalho e danos ao meio ambiente;
- Qualidade: quais ativos tem a sua qualidade de produção prejudicada devido à ocorrências, falhas e danos;
- Impacto na produção: quais ativos não podem sofrer paralisações, pois afetam diretamente no fluxo de trabalho, produtividade e entregas;
- Confiabilidade: indicadores que calculam o tempo decorrido entre falhas e um ativo;
- Tempo de reparos: indicadores que calculam o tempo médio necessário para que ativos voltem para o seu funcionamento ideal;
- Manutenção: custo total do conserto e da manutenção de máquina, equipamento, instalações e ferramentas.
Com a aplicação desses critérios, fica mais fácil classificar o nível de importância das máquinas e quais manutenções são indicadas para atender as necessidades de cada organização.
Quais setores utilizam a manutenção corretiva, preventiva e preditiva?
Até aqui, ficou claro que os responsáveis pela manutenção devem contribuir diretamente para o bom funcionamento dos equipamentos, além de manter a segurança de tudo à sua volta, potencializando o nível de produtividade e eficiência da organização.
Até porque, a área da manutenção está presente em diversos setores, que acabam impactando toda cadeia produtiva. Confira a seguir alguns exemplos:
- Indústrias;
- Alimentação;
- Automobilístico;
- Varejo;
- Construção;
- Engenharia;
- Aviação;
- Energia;
- Iluminação pública;
- Limpeza urbana;
- Pavimentação viária.
Quais os exemplos de manutenção corretiva, preventiva e preditiva?
Devido a quantidade de setores que precisam de vistorias e acompanhamento dos procedimentos, nós separamos alguns exemplos de como é o processo de manutenção corretiva, preventiva e preditiva na prática.
- Manutenção Corretiva
A ausência de uma gestão eficiente na iluminação pública pode acarretar em ruas mal iluminadas. Ao invés de modernizar o parque de iluminação e substituir as lâmpadas menos eficientes ou antigas com antecedência, em muitos casos espera-se a falha total da lâmpada para então iniciar as obras.
A aplicação da manutenção corretiva nesse exemplo ocasiona outros problemas, como: insegurança à população, volume intenso de ocorrências policiais, custos e mão de obra dobrados.
- Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva no contexto viário é fundamental para que projetos e operações de tapa-buraco sejam realizados com segurança e eficiência.
Nesse caso, são verificadas as condições de veículos e máquinas, níveis de óleo, consumo de combustível e até mesmo a temperatura da massa asfáltica. De forma preventiva, esse modelo de manutenção evita desperdícios, falhas na produção e acidentes de trabalho.
- Manutenção Preditiva
Na indústria alimentícia, a manutenção preditiva afeta diretamente a capacidade de cada linha de produção de uma empresa. Por esse motivo, o uso de sensores e tecnologias com o conceito de Internet das Coisas (IoT) permitem verificações periódicas mais precisas, devido ao volume de dados coletados de equipamentos.
No chão de fábrica, por exemplo, a manutenção analisa a temperatura de máquinas, ruídos, vibrações, odores, contaminação, higiene, entre outros procedimentos que visam maior qualidade na produção.
Qual a melhor forma de realizar a manutenção corretiva, preventiva e preditiva?
Os cenários que envolvem falhas e geração de custos são um dos maiores desafios das organizações. E para isso, softwares de gestão são desenvolvidos para transformar a gestão operacional e otimizar todas as fases da manutenção.
Com a tecnologia, há uma oferta de dados com capacidade analítica que a ajudam a controlar todo processo de manutenção com mais precisão.
Ou seja, o software não só monitora os ativos, como também alerta para a programação de manutenção preventiva, permite a automação de ordens de serviço e até mesmo o acompanhamento em tempo real de técnicos, recursos, produtividade, qualidade operacional e vida útil dos equipamentos.
Além disso, a conectividade aliada à inovação da indústria 4.0 está alavancando o setor de manutenção. Exemplo disso é o processamento de dados conectados em sensores de monitoramento online. Na prática, as próprias máquinas emitem seus diagnósticos, criando solicitações de reparos com antecedência e agilidade nos processos de manutenção preventiva e preditiva.
Conclusão
Por fim, podemos concluir que a gestão de uma organização requer máxima atenção e eficiência no processo de produção.
E independente de qual modalidade as empresas invistam, a manutenção corretiva, preventiva e preditiva são cruciais para resolver problemas, garantir bom trabalho e funcionamento dos ativos.
Para saber mais sobre processos de manutenção e como otimizar a rotina de quem realiza os procedimentos melhorando a qualidade dos serviços, continue acompanhando o nosso blog!
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