O descarte de lixo é um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade.

Isso porque, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizados por meio da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), apesar de 99,96% dos municípios brasileiros terem serviços de manejo dos resíduos sólidos, 50,75% deles o fazem por meio da disposição em vazadouros, 27,68% em aterros sanitários e 22,54% em aterros controlados.

O maior problema é que, apesar de aterros sanitários poderem ser construídos com base em legislações, todos os anos, mundialmente, a sociedade desperdiça 2,12 bilhões de resíduos. Deste número, a maioria poderia ser reciclada, mas acaba não sendo por causa da má gestão dos resíduos sólidos.

No Brasil, ao ano são produzidas cerca de 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos, e apesar de 31,9% desse total serem recicláveis, apenas 3% de fato é, e mais de 3 mil municípios brasileiros descartam os materiais em locais impróprios.

Por causa dos diversos pontos elencados, é essencial que o poder público, o parque industrial e a população se unam para gerenciar e dar o destino correto aos resíduos, visando um consumo mais sustentável. 

Veja as vantagens garantidas por diferentes áreas e recursos relacionados à gestão de resíduos urbanos nas cidades:

Vantagens da gestão de resíduos

A busca por diferentes soluções na área de resíduos é resultado de uma demanda que a própria sociedade tem, em que mudanças são necessárias para que os custos socioeconômicos e ambientais não atinjam níveis cada vez mais exorbitantes. 

A palavra “lixo” acabou ganhando um novo significado, porque quase tudo o que é descartado pode voltar para o processo produtivo de alguma forma, e até mesmo reduzir significativamente as emissões de CO², porque matérias-primas virgens são extraídas do meio ambiente com menos frequência.  

Os resíduos sólidos podem adquirir valor comercial e serem transformados em matéria-prima ou novos insumos, por isso que a implantação de um plano de gestão traz reflexos positivos sociais, ambientais e econômicos. 

É estimado que o mercado de coleta e reprocessamento industrial de materiais recicláveis movimente cerca de R$ 12 bilhões ao ano segundo dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). Ou seja, além de tudo, esse nicho é capaz de gerar mais empregos para a população, o que contribui com a economia nacional. 

Entre 2010 e 2016, os municípios que operam algum tipo de coleta seletiva quase triplicaram, o que é um bom termômetro de como o setor está se aquecendo para a tomada de novas decisões benéficas para a sustentabilidade das cidades.

Ainda segundo dados do Cempre, a cada R$ 1 que é investido no saneamento adequado ㅡ o que inclui a coleta seletiva de resíduos ㅡ são economizados cerca de R$ 4 em serviços de saúde pública.

Em relação aos resíduos orgânicos, os dados também são alarmantes: segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 800 milhões de resíduos orgânicos são gerados anualmente. Apesar do volume exorbitante, é calculado por dados do próprio governo que 100% desse total pode ser destinado a outras atividades favoráveis, como a compostagem.

As sobras que são desperdiçadas podem alimentar cerca de 19 milhões de pessoas, porque, dentro da cadeia produtiva, o que é resíduo em um dos processos pode se tornar matéria-prima em outro, neste caso principalmente a partir da geração de adubo orgânico para aplicação na agricultura.

Trata-se não apenas de diminuir o consumo, mas também proporcionar a abertura de novos mercados ㅡ e, assim, gerar mais emprego e renda. 

Cidades inteligentes

As cidades inteligentes vêm melhorando consideravelmente o estilo de vida sustentável de seus moradores, principalmente através da aplicação de energias renováveis e métodos eficientes para tratar a questão de resíduos sólidos urbanos.

Um dos pontos para que uma cidade seja considerada smart é, aliás, a geração com eficiência de uma coleta seletiva, além do funcionamento de um sistema de reciclagem de forma eficaz. 

Um município que implementa esse sistema de coleta consegue atingir diversos benefícios, como:

  • Cidade mais limpa.
  • Diminuição de gastos com limpeza urbana.
  • Diminuição da contaminação de alimentos.
  • Geração de emprego e renda para famílias menos assistidas socialmente.
  • Diminuição da proliferação de vetores e doenças (provenientes de mosquitos e ratos ㅡ como a dengue, febre amarela, zika, chikungunya e leptospirose.
  • Aumento da qualidade de vida da população.

PNRS

A Lei Federal nº 12.305/10 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que propõe a redução da geração de detritos e o aumento da reciclagem e da reutilização desses materiais. Há uma exigência legal para que o país, os estados e os municípios promovam diferentes ações para viabilizar a destinação correta de todos os materiais descartados pela população e órgãos públicos.

As metas criadas pela Lei vão desde a tentativa de eliminação dos lixões até a instituição de instrumentos de planejamento a nível nacional, estadual e municipal, e a imposição da elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Isso coloca o Brasil em um nível de igualdade com países mais desenvolvidos, porque há uma constante busca pela inovação e inclusão de profissionais capacitados para o recolhimento dos materiais recicláveis e reutilizáveis.

Há também o estabelecimento de uma logística reversa dos resíduos, que atribui parte da responsabilidade às empresas. Por meio do reaproveitamento e da inserção dos detritos em outros ciclos produtivos, a empresa se desenvolve nos setores econômicos e de responsabilidade social.

PPPs

As parcerias público-privadas surgem como uma solução para aumentar a eficiência do processo de gerenciamento dos resíduos sólidos. Isso porque a gestão do lixo urbano gera um custo muito alto e periódico para o poder público. As prefeituras precisam lidar tanto com os descartes da população quanto das indústrias que porventura não cumprirem seu papel de acordo com a legislação.

É a partir das PPPs que há um diagnóstico mais eficiente das necessidades municipais e a possibilidade de implantação de tecnologias capazes de modernizar os trâmites feitos até o momento.

Essas tecnologias podem suprir as mais diversas necessidades desse processo de gerenciamento, como, por exemplo, com aplicativos de informação e comunicação ㅡ como apps para os smartphones e tablets das equipes que trabalham em campo, o que barateia a fiscalização e cria um canal direto de atendimento à população. 

A georreferência também é um dos pontos em destaque com a modernização da gestão dos resíduos sólidos, porque a partir da identificação, mapeamento de pontos de coleta e a conexão através de um aplicativo para aparelhos móveis, a população fica ciente de quais são as infraestruturas mais próximas para que seja feita a entrega dos materiais recicláveis.


A Exati desenvolveu uma plataforma para auxiliar na gestão eficiente e simplificada dos resíduos urbanos. O software é um sistema que faz um gerenciamento automatizado, tornando possível o acompanhamento em tempo real das equipes e suas rotas.

Através de um mapa é possível ver onde estão os colaboradores, quais atividades estão sendo realizadas e onde as coletas estão sendo feitas, além do acesso a qualquer hora e em qualquer lugar de relatórios para acompanhar a produtividade da equipe.

O sistema oferece rotas otimizadas para facilitar o processo de coleta e descarga de resíduos, chamados de coleta por parte dos cidadãos direto do aplicativo para smartphones, garantia de gerenciamento dos estoques (desde materiais até os veículos utilizados pelas equipes), registros fotográficos de todos os trabalhos realizados e funcionalidade tanto online quanto offline para os gestores e colaboradores.

A plataforma de gestão da Exati garante a excelência nos processos e satisfação máxima dos três pilares da sociedade: o poder público, o parque industrial e, claro, da população!

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