Não é de hoje que os temas relacionados à destinação de resíduos e a preservação do meio ambiente estão em discussão. 

É uma grande preocupação mundial desde o início do século XXI, senão a maior de todos os tempos. Isso porque a vida, em seu mais amplo sentido, depende de elementos cuja disponibilidade é finita. 

No entanto, esses recursos estão ameaçados pelo descarte inconsciente de resíduos no ambiente.

Você sabe do que estamos falando: oceanos repletos de plásticos, lixões gigantescos a céu aberto, poluição generalizada dos rios que abastecem cidades inteiras, entre outros problemas graves.

Nesse blog post você verá como iniciativas simples podem contribuir para o destinação de resíduos de modo sustentável, sobretudo no meio urbano.

Entendendo o cenário atual

Veja os resultados do estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo os dados divulgados, 145 mil toneladas de resíduos são descartados diariamente de forma irregular na América Latina, expondo aproximadamente 170 milhões de pessoas ao risco de contaminações.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, apenas no Brasil, das quase 70 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos coletadas anualmente 42% ainda têm como destino lixões e aterros controlados, considerados ambientalmente inadequados.

Além do aporte, os custos de operação e manutenção podem chegar a R$ 15,59 bilhões, considerando as metas previstas no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Em parceria com a GO Associados a ABRELPE também realizou uma estimativa sobre investimentos para universalização do serviço de tratamento e destinação de resíduos.

Até 2031,o país precisa investir cerca de R$ 11,6 bilhões. Constatou-se ainda que o Brasil investe pouco em infraestrutura e saneamento – uma média de 2,2% do PIB ao ano. 

Com isso, percebe-se a existência de espaço para atuação da participação privada no setor de resíduos sólidos por meio de contratos de Parceria Público-Privada (PPP).

Como solucionar esse problema?

Criação de projetos educacionais

Passo fundamental para o desenvolvimento de qualquer sociedade ativa, a criação de projetos educacionais sempre foi uma ótima opção.

Seja no ambiente escolar, iniciativas promovidas por organizações não governamentais e até mesmo por empresas privadas, o trabalho de conscientização sobre consumo consciente e a correta destinação de resíduos deve ser realizado sempre.

Isso porque a educação ambiental é responsável por formar indivíduos preocupados com os problemas ambientais, que busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade. 

Engana-se quem acredita que essa temática se restringe apenas à educação básica.

Em São Paulo, por exemplo, o estado assinou recentemente um projeto para cooperação com a Universidade Católica de Santos (Unisantos).

O objeto da cooperação entre as instituições no desenvolvimento da Cooperação Técnica em Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos envolve a elaboração de material técnico/didático, seminários, estudos, diagnósticos, programas de capacitação, entre outras ações.

Uso de tecnologia

Sim, é possível utilizar a tecnologia para auxiliar na correta destinação de resíduos oriundos do meio urbano, seja para reciclagem, reaproveitamento ou para geração de energia.

Além de todas as iniciativas básicas de separação de lixo, com lixeiras especiais para cada tipo de resíduo, hoje muitas cidades já tem acesso à recursos simples e modernos que podem evitar diversos problemas.

Veja alguns exemplos.

Lixeiras conectadas

Utilizando de um software de gestão inteligente todas as lixeiras da cidade são devidamente cadastradas com informações precisas sobre localização, capacidade de armazenamento e peso.

A partir de então as equipes responsáveis pela coleta tem acesso às informações cadastradas e conseguem, por exemplo, saber em quais pontos a coleta se faz necessária, impedindo que os recipientes atinjam a capacidade máxima.

Para uma cidade com grande volume de pessoas se deslocando todos os dias esse recurso se torna um grande aliado.

Dessa forma, todos os resíduos são coletados e destinados para locais adequados, impedindo que sejam espalhados pelo ambiente urbano visível e invisível, como as galerias subterrâneas.

Bueiros inteligentes

Uma aplicação muito interessante dos recursos de internet das coisas (IOT) são os chamados bueiros inteligentes, já testados em São Paulo e Rio de Janeiro.

O sistema é composto, basicamente, apenas por um software e um filtro instalado no interior do local, agindo como uma peneira.

Os sensores identificam quando a capacidade do filtro atingem 80% e alertas são enviados para uma central, que redireciona empresas e equipes responsáveis pela remoção dos resíduos do local.

Da mesma forma que as lixeiras conectadas, os bueiros inteligentes podem contribuir para que as gestões públicas sejam cada vez mais eficientes no combate a transtornos urbanos provocados pelo acúmulo de lixo nas ruas.

WtE

A sigla significa Waste to Energy e faz referência à energia obtida por meio processamento de resíduos e, na hierarquia, é a quarta opção de destinação de resíduos coletados.

Essa tecnologia é amplamente utilizada por diversos países como, poe exemplo, Áustria, Alemanha, e Bélgica.

Além de mais eficiente, gerando até 10 vezes mais energia que os convencionais aterros com captura de biogás , a utilização desse recurso tem como vantagens:

  • Abolição dos lixões a céu aberto;
  • Redução da contaminação do lençol freático;
  • Geração de energia elétrica/térmica limpa.

De acordo com a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN), a quantidade total de todo lixo produzido anualmente no Brasil equivale à 222 estádios do Maracanã, o maior do país.

Por isso, a destinação de resíduos deve ser realizada de forma correta, independentemente do mecanismo de reciclagem a ser utilizado.

Além de não agredir o meio ambiente essas simples atitudes podem salvar vidas. O Brasil gasta, em média, R$ 370 milhões no tratamento de doenças causadas pela exposição inadequada do lixo.

Em 10 anos, o valor ultrapassa os R$ 3,7 bilhões.

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