A iluminação pública de led entrou nas pautas principais dos investimentos públicos devido à transformação e modernização do setor. Alinhando tecnologia, economia e sustentabilidade aos municípios.
A implementação de luminárias com as lâmpadas de led marcam o novo modelo na gestão e prestação do serviço, tornando a iluminação pública de led uma questão de utilidade pública.
Além de possibilitar uma iluminação mais sustentável e inteligente no país, as lâmpadas led tornaram-se uma tendência inevitável para o desenvolvimento das cidades, sendo 60% mais eficientes em comparação às convencionais.
Além disso, cabe destacar o papel significativo na qualidade de vida dos cidadãos, uma vez que o serviço de iluminação foi considerado a espinha dorsal para iniciativas relacionadas às smart cities, conforme o relatório do Northeast Group.
Para saber mais sobre o setor de iluminação pública, acompanhe a leitura!
O que é a iluminação pública de LED?
De modo geral, a iluminação pública de LED é caracterizada pela adoção de uma tecnologia chamada “Light Emitting Diode”, ou, Diodo Emisor de Luz em português.
Além de mais eficientes, com uma taxa de eficiência luminosa superior a 70 lumens/W e baixo consumo de energia, essas novas lâmpadas não utilizam reatores e soquetes – itens responsáveis pela adequação da tensão da rede elétrica à potência mais indicada para o melhor funcionamento dos equipamentos elétricos.
As vantagens não param por aqui. Outro grande ponto positivo é que esse tipo de tecnologia não emite calor, raios UV e IV (ultravioleta e infravermelho, respectivamente).
Devido a essas características, os objetos iluminados por sua irradiação luminosa não sofrem nenhum tipo de dano, não atraem insetos e não agridem o meio ambiente.
Quando esse recurso sai de dentro das casas e passa a estar presente nas ruas e avenidas, os resultados são incríveis. Além de deixar a cidade mais iluminada, os gastos com manutenção de luminárias e as contas de energia do município podem cair pela metade!
Quais os tipos de iluminação pública?
Embora a iluminação pública de led já estejam sendo utilizadas em diversas cidades brasileiras, ainda é muito comum encontrar pelas ruas e avenidas luminárias com lâmpadas convencionais em funcionamento.
Isso acontece porque o processo de modernização dos parques de iluminação pública no país ainda é muito recente e demanda grande esforço das concessionárias que o administram. Se em uma cidade de menor porte já demora, imagine em uma grande metrópole como São Paulo, por exemplo.
Por isso, é comum ainda encontrar lâmpadas antigas como:
- Lâmpadas de vapor de mercúrio
Amplamente usadas para iluminação de postes e iluminação pública, fornecem menos brilho por watt e, portanto, precisam ser mais potentes.
Os postes mais comuns usam lâmpadas de mercúrio com 150-180 Watts de potência. Entretanto, essas lâmpadas também têm vida útil menor, de cerca de 10 mil horas. Ou seja, manutenções acontecem com mais frequência;
- Lâmpadas de vapor de sódio
Consideradas uma opção mais eficiente em relação às lâmpadas de vapor de mercúrio, geram o dobro do brilho para a mesma quantidade de potência.
Porém, apresentam brilho intenso e coloração amarela ou laranja, menos atrativo e mais prejudicial à visão. Essa lâmpada tem vida útil superior à anterior: entre 18 mil e 24 mil horas.
Entretanto, quando pensamos em tecnologia destinada aos parques de iluminação é fundamental entender qual recurso melhor atende às necessidades locais.
Pode-se tomar como base a norma técnica NBR 5101, norma que estabelece os requisitos mínimos necessários para iluminação de vias públicas, buscando garantir a segurança do tráfego de pedestres e de veículos.
Uma revisão na norma estabelece que não basta apenas trazer planejar termos estruturais como a altura de postes e seus respectivos braços de sustentação. É preciso atentar-se a todos os fatores de dimensionamento da luz, como as classificações de distribuições fotométricas e controle de distribuições luminosas.
A modernização do setor com a iluminação pública led
De acordo com o diretor da ABCIP, em mais de 5 mil municípios brasileiros, a iluminação pública ainda é um desafio, sobretudo em gestões exclusivamente realizadas pelas prefeituras.
Entretanto, para modernizar o setor e desenvolver o ambiente urbano, as parcerias público-privadas de iluminação pública tornaram-se uma solução para garantir a execução e implantação de projetos inovadores por todo o país. A cada ano, são registrados mais e mais projetos nessa modalidade.
A iniciativa privada impulsionou o processo de modernização da iluminação pública com luminárias led. Atualmente, mais de 20% do parque de IP brasileiro conta com a nova tecnologia, de acordo com a Abilux (Associação Brasileira da Indústria da Iluminação).
Com grande capacidade de expansão e a quantidade de indústrias que produzem a lâmpada led no Brasil, é possível que todos os municípios adotem esse modelo de iluminação nos próximos cinco anos, conforme a projeção da própria Abilux.
Quais são os benefícios da iluminação pública de LED para a gestão das cidades?
A iluminação pública, por si só, já é capaz de proporcionar à população diversas possibilidades para lazer, entretenimento e até mesmo potencializar o comércio local.
Entretanto, a iluminação pública de led passa a contar com ainda mais tecnologia e desempenho, influenciando a vida urbana como um todo.
Confira a seguir, alguns benefícios que a iluminação pública em led têm proporcionado aos municípios:
Economia
As lâmpadas led se destacam pelas inúmeras vantagens econômicas. A instalação da tecnologia, por exemplo, pode gerar uma economia de pelo menos 50% aos cofres públicos dos municípios.
Considerada a primeira capital do país a modernizar 100% o parque de iluminação pública em led, Belo Horizonte está economizando cerca de R$25 milhões por ano na conta de energia elétrica, segundo a concessionária responsável BHIP.
Por esse motivo o sistema de gestão que visa pelo controle, monitoramento e manutenção é mais econômico aos gestores dos parques de iluminação pública dos municípios que apostam na modernização.
Segurança
A iluminação pública de led tem influência direta na segurança e qualidade de vida da população. Isso porque, espaços públicos com pouca ou nenhuma iluminação podem intensificar o índice de criminalidade e também de acidentes nas vias.
Com a luminosidade adequada e a implementação de tecnologias que atendem normas técnicas, ruas, praças e parques ficam mais iluminados e viabilizam a circulação dos cidadãos nesses espaços.
Visibilidade
Quando se fala em iluminação pública uma série de elementos técnicos precisam ser levados em consideração. Em outras palavras, não se pode simplesmente realizar a substituição das lâmpadas convencionais pelas de LED sem um estudo prévio, chamado de projeto luminotécnico.
Toda e qualquer obra no setor deve seguir as recomendações da norma técnica NBR 5101, que estabelece os requisitos para instalação e operação das luminárias.
Entre eles podem ser destacados a distribuição vertical, transversal e longitudinal, espaçamento, uniformidade da luminância e índice de ofuscamento, por exemplo.
Importante frisar que estes podem variar dependendo da classificação das vias. Por definição, via é uma superfície por onde transitam veículos, pedestres e animais, compreendendo pista, calçada, acostamento, ilha e canteiro central. Se tratando de segurança, garantir a visibilidade nesses espaços é fundamental!
Durabilidade
Como você viu no início deste artigo, a aplicabilidade do LED é destacável, afinal, novas lâmpadas não utilizam sequer reatores e soquetes. Isso evita superaquecimento e, consequentemente, danos em sua estrutura.
Já em relação à vida útil, o LED tem, em média, aproximadamente entre 20 a 50 mil horas de utilização. Depois desse tempo, não ocorre a queima mas sim a perda de cerca de 30% na luminosidade original.
Se convertermos essa informação para anos, a sua durabilidade pode chegar até cinco anos, dependendo da utilização diária. É mais que o dobro que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes. Incrível, não é?
Sustentabilidade
Além do lado econômico, o investimento na iluminação pública de led é uma solução sustentável. Isso porque, contribui em outras questões igualmente importantes em pleno ano de 2022: eficiência energética e gestão ambiental.
De acordo com o estudo da McKinsey & Company, as luminárias led ajudam a reduzir em 0,4 toneladas a quantidade de carbono lançados na atmosfera. Em 20 anos, esse número pode representar 50% a menos de gases emitidos.
E não para por aí: 98% dos componentes da lâmpada LED são recicláveis, o que favorece o descarte ecológico. Além disso, as lâmpadas produzem menos resíduos devido à alta durabilidade e eficiência não poluente – cooperando significativamente com o meio ambiente.
Em termos de eficiência, a iluminação pública de led impressiona: a conversão da energia em luz supera os 95%. Comparando com uma lâmpada incandescente, como referência, apenas 5% torna-se, de fato, luz, sendo o restante da energia dissipada em perdas por calor.
Menos gastos com manutenção
Todos os fatores citados acima contribuem para que o desempenho dessas novas lâmpadas seja muito superior. E isso impacta diretamente nas operações de manutenção do parque de iluminação pública das cidades.
Além disso, a resistência e o baixo índice de falhas contribuem para uma gestão mais eficiente e econômica à manutenção do parque. Enquanto a taxa de falha das lâmpadas de vapor de sódio é de 6%, as lâmpadas de led são de menos de 1%.
Redução da criminalidade
Ruas mais iluminadas permitem que a população desfrute de espaços públicos no período noturno, melhorando a qualidade de vida e possibilitando que o comércio também seja beneficiado, sobretudo em épocas cujo movimento é mais expressivo.
Em Santana da Parnaíba, Região Metropolitana de São Paulo, o processo de modernização da iluminação pública contribui para a segurança pública da cidade.
Com mais de 12 mil pontos de iluminação em led gerenciados pela Exati, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que a iluminação tem reduzido os índices de violência, em especial contra as mulheres.
Prevenção contra acidentes e incidentes
Entre outras características particulares, as lâmpadas LED possuem um brilho menor e mais uniforme que as lâmpadas convencionais. Estas últimas emitem radiação ultravioleta, fator que pode afetar a segurança dos motoristas nas vias urbanas.
Em outras palavras, essa radiação pode causar uma sensação de cansaço visual, inclusive para os pedestres que circulam em vias compartilhadas.
No caso da iluminação pública de led, além de brilho menor e mais uniforme, aumentando a sensação de conforto visual, a luz emitida, na cor branca, é responsável por favorecer maior atenção e concentração humana, indispensável para transitar em vias de grande fluxo.
Portaria nº 20 do INMETRO
A portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), publicada em 15 de fevereiro de 2017, representa um marco para o setor de iluminação pública no que diz respeito à modernização e eficiência de luminárias.
De acordo com o documento oficial, a partir de agosto de 2019 passou a vigorar a portaria nº 20 do INMETRO, cuja origem data 15 de fevereiro de 2017, para regulamentação de luminárias públicas viárias.
Trata-se das instruções gerais sobre a certificação obrigatória para luminárias públicas, sejam fabricadas dentro do país ou importadas. Na prática, toda luminária deve conter o selo ENCE, abreviação para Etiqueta Nacional de Conservação da Energia.
Nós, enquanto consumidores, estamos habituados a encontrar esse selo nos equipamentos eletrônicos. Nas etiquetas das luminárias agora há informações como, por exemplo, potência, eficiência luminosa e vida útil, além do número de registro, dados do fabricante, marca e modelo.
Tudo isso com o objetivo central de tornar o setor mais profissional, considerando não apenas fatores técnicos das luminárias mas também macro questões, como o uso racional da energia do país, a segurança e a prevenção a acidentes e, claro, a sustentabilidade de forma geral.
Quais são os modelos mais indicados para iluminação pública?
Embora exista essa limitação em relação ao início da transformação da iluminação pública nas cidades em virtude da necessidade de PPPs e, consequentemente, da estruturação de projetos robustos com base nas classificação das vias, é possível analisar quais os modelos mais indicados para se utilizar.
Mas, deixando um pouco de lado a parte mais técnica, hoje é comum que na iluminação pública de led sejam utilizados diferentes tipos de luminárias, variando formatos e grau de luminosidade. Veja alguns exemplos:
- SUPER LED: Um dos modelos mais acessíveis, é feito com alumínio e utiliza chips de LED capazes de distribuir a luz de maneira potencializada;
- LED SMD: Apresenta um dos melhores custo-benefício, alto brilho e o menor consumo de energia em relação às demais opções;
- ULTRA LED SMD: Possui revestimento mais robusto e chip de LED super moderno, entregando muito mais desempenho;
- LED SOLAR: Possui uma bateria embutida recarregável por energia solar, dispensando fiação e fonte de alimentação externa.
Vale destacar que os modelos podem ter uma variação de preço expressiva, sendo um fator decisivo para o projeto de modernização. Embora algumas opções apresentam custo maior, os resultados a longo prazo podem compensar os investimentos. Mais uma vez: tudo dependerá do projeto!
Independente do modelo de luminária, a aplicação de tecnologia na iluminação pública torna-se a porta de entrada para que cidades se tornem cada vez mais modernas e inteligentes.
O software da Exati é um dos recursos mais bem avaliados e eficientes disponíveis no mercado. Além disso, o sistema está transformando a gestão e todas as operações relacionadas ao setor em mais de 500 cidades do Brasil.
O sistema conta com funcionalidades que permitem o controle e monitoramento de obras de modernização em todas as etapas, seja no cadastramento de pontos luminosos, elaboração de ordens de serviços digitais ou no recebimentos de chamados diretamente no smartphone das equipes externas.
Por fim, se você ficou interessado em saber mais sobre a tecnologia da Exati, acompanhe o nosso blog!
Exati
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