Embora a poda de árvores seja uma prática de manutenção em projetos de arborização urbana, a execução requer uma atenção especial dos gestores públicos devido à sua importância para o desenvolvimento do planejamento urbano e ambiental.
Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, as áreas verdes no perímetro urbano trazem benefícios econômicos, sociais, ambientais e até mesmo estéticos.
Diferentes municípios estão apostando em planos de arborização, parques urbanos, infraestrutura verde e outras soluções que reforçam as práticas sustentáveis e mitigam os impactos das mudanças climáticas.
De acordo com a pesquisa do Plano Municipal de Arborização Urbana de Piracicaba, 64% da população deseja que a poda seja adequada e que haja mais árvores na cidade.
Com o objetivo de melhorar a arborização urbana em Piracicaba, 78% dos moradores declaram contribuir pelas áreas verdes. Além disso, 28% sugerem ações de conscientização à população sobre a importância das arborização.
Mas sem dúvidas, gerenciar a arborização urbana não é tarefa fácil.Para saber mais sobre as técnicas de poda de árvores e como isso pode afetar as cidades, acompanhe a leitura!
Quando podar?
A poda de árvores é um dos procedimentos mais comuns e importantes que envolvem a manutenção arbórea, devido às questões técnicas de execução que implicam na estrutura e estética das árvores.
Primeiramente, o ideal é evitar a poda de árvores, mas saber quando esse procedimento deve ser realizado, é crucial para quem administra uma cidade.
Isso porque, a gestão da arborização não se limita apenas ao tronco, galhos e folhas, mas sim em todos os elementos que constituem o ambiente urbano. Por exemplo, ruas, calçadas, redes elétricas, estruturas, equipamentos e a circulação de veículos e pedestres.
Na maioria dos casos, a poda de árvores adultas são medidas corretivas e preventivas que mantêm toda e qualquer espécie saudável e em boas condições – além de valorizar os espaços urbanos com paisagens e áreas verdes.
Portanto, tanto a árvore quanto o serviço, devem ser gerenciados e monitorados para que todo procedimento siga os objetivos e critérios necessários de arborização. Confira quais são eles:
- Época do ano, tamanho, idade e espécie da árvore;
- Retirada de galhos mortos;
- Reduzir de riscos de queda e danos ao patrimônio público ou privado;
- Aumentar a penetração de luz e circulação de ar na forma da copa;
- Segurança, liberação de espaços públicos e compatibilização com outros componentes da paisagem urbana.
Quando evitar podar?
Sempre que possível! Por incrível que pareça, as árvores adultas não necessitam de cortes ou podas como muitas pessoas acreditam.
Isso porque, quando uma árvore é podada, perde-se um pedaço dela – o que pode ocasionar diversos problemas à espécie e reduzir o seu tempo de vida.
Entretanto, há circunstâncias que exigem que o procedimento seja feito para evitar acidentes, danos e outros riscos. E nestes casos, é imprescindível que o serviço seja realizado por parte da prefeitura, especialistas e ambientalistas.
Dessa forma, para evitar podas de árvores e serviços inadequados, o ideal é seguir planos de arborização urbana e normas antes mesmo do plantio.
Os especialistas recomendam que a espécie seja escolhida conforme o bioma da região e tenha um porte adequado, sobretudo, para aquelas que serão destinadas à calçadas e próximas à fiação urbana.
Com esse método de gestão, árvores e as demais plantas poderão ter o seu desenvolvimento condizente com o seu espaço – o que contribui para que cidades tenham cada vez mais áreas verdes.
Como faço para solicitar a poda de árvore?
Antes de mais nada, é importante salientar: qualquer intervenção em árvores no perímetro urbano, seja no plantio, poda ou remoção exige a autorização da prefeitura.
Caso contrário, o procedimento irregular e inadequado, pode acarretar uma série de penalidades, além de comprometer a saúde da árvore e oferecer diversos riscos à população.
Portanto, para solicitar a poda de árvore ou qualquer outro serviço que envolve as áreas verdes urbanas, o cidadão deve obrigatoriamente entrar em contato com o órgão público da sua cidade.
A partir disso, o setor responsável inicia todos os trâmites necessários como vistoria, parecer técnico e emissão de laudo para as equipes executarem o procedimento de acordo com a legislação e normas ambientais.
Além disso, sistemas inteligentes especializados em arborização urbana, como da Exati, é possível cadastrar pontos de georreferenciamento e utilizar QR Code exclusivos para árvores e as demais áreas verdes.
Com o uso da tecnologia, moradores locais e equipes de manutenção conseguem obter informações importantes como: espécie arbórea, atendimento ao cidadão, histórico das últimas operações, datas para os próximos serviços e procedimentos de manutenção preventiva.
Na prática, evita-se transtornos inesperados e aumenta a eficiência na gestão de arborização da cidade.
Conheça os diferentes tipos de poda de árvores
Ao contrário do que se pode imaginar, as podas de árvores têm sido amplamente debatidas nas cidades modernas ao perceberem os riscos ambientais gerados pelas práticas inadequadas, sobretudo, no que diz respeito à poda drástica ou excessiva.
A poda drástica é aquela onde são retirados mais de 50% dos galhos e folhas, ocasionando o apodrecimento da raiz e problemas de estrutura, desequilíbrio das espécies e outras ameaças como a quedas de árvores sobre pedestres e veículos.
Do mesmo modo, aqueles que agridem o vegetal com a poda drástica podem ser autuados por crime ambiental, previsto na Lei Federal n° 9605/98. Por esse motivo, toda poda de árvores deve ser praticada de forma técnica e responsável.
Para saber como isso é possível, confira abaixo os tipos de podas urbanas.
Poda de formação
Com o objetivo de conduzir o crescimento e limitar o formato adequado da árvore, a poda de formação visa melhorar a aparência e o desenvolvimento da planta para a sua adaptação.
Poda de manutenção e limpeza
A poda de manutenção e limpeza ocorre para manter a árvore saudável. Além de evitar problemas futuros ocasionados por galhos quebrados, folhas infectadas por fungos e bactérias, entre outros.
Poda de livramento
Para evitar risco à população ou patrimônio público/privado, a poda de livramento impede que equipamentos urbanos como construções, placas de sinalização, redes de fiação aérea e iluminação pública causem novos problemas.
Técnicas adequadas para poda de árvores
Quando necessária, a poda de árvores é uma prática importante para a segurança da população nos centros urbanos. Contudo, cabe à prefeitura de cada cidade a responsabilidade pela poda.
Ou seja, acompanhar a legislação e o Plano de Arborização Urbana são condutas indispensáveis. Em São Paulo, por exemplo, para garantir uma cidade arborizada, com árvores saudáveis, deve-se considerar as seguintes informações disponibilizadas pelo Manual Técnico de Podas de Árvores:
- A escolha do tipo de poda para o desenvolvimento da árvore (entre jovem e madura);
- A característica natural de desenvolvimento da copa e raízes;
- O estado fenológico (repouso, enfolhamento, floração, frutificação) para a decisão de melhor período para a realização da poda;
- As inter-relações da fauna e flora urbana;
- A poda é uma injúria provocada pelo homem;
- Deve-se permitir o desenvolvimento saudável da planta após a sua realização;
- A poda de raízes é uma ação não recomendada;
- Cuidados com a segurança são essenciais e obrigatórios;
- Sempre consultar a legislação local;
- A poda deve realizada por órgãos competentes;
Além disso, há outros três padrões de execução que devem ser realizados apenas por especialistas da área. Isso porque, as técnicas utilizadas são fundamentais para a saúde e preservação da árvore. Confira quais são eles:
1º Corte
Antes de mais nada, é preciso saber identificar onde o corte deve ser feito. O local exato da poda é na bifurcação dos galhos, chamado de anel.
Portanto, o primeiro corte deve ser realizado cerca de 30 cm do anel, com movimento debaixo para cima em cerca de 1/3 de largura do galho.
2º Corte
Seguindo o procedimento, cerca de 3 cm acima do primeiro corte, é feito o segundo corte com uma profundidade de 2/3 do galho.
Aqui, o peso do galho força a quebra da madeira, mas devido ao corte anterior, impede-se que o tronco lasque e ocorra danos na estrutura da árvore.
3º Corte
Após a técnica do segundo corte, no terceiro e último corte, deve-se retirar o toco que sobrou no local definitivo, ou seja, acima do anel.
Dessa forma, a árvore ou qualquer outra área verde poderá se desenvolver ambientalmente mais rápido e saudável.
Podas de raiz
Ainda que algumas árvores tenham raízes firmes e acima do normal, muitas delas acabam ocasionando danos em vias públicas ao buscar água e nutrientes não encontrados na região.
Este exemplo prova que sem uma análise e um plano de arborização, os problemas acabam se tornando inevitáveis, seja nos impactos estruturais, quanto no desequilíbrio da espécie na hora da poda.
O que fazer com os resíduos da poda de árvore?
O gerenciamento de resíduos de podas de árvores é fundamental para evitar prejuízos à saúde pública, meio ambiente e centro urbanos.
Após a poda, os resíduos devem ser agrupados e retirados para não atrapalhar o acesso de pedestres e veículos, além de evitar a obstrução do acesso da água pluvial em bueiros.
Além disso, folhas e galhos devem ser coletados adequadamente, visto que, os materiais podem ser usados como adubo por meio de compostagem e também, na produção de energia de biomassa.
Dessa forma, soluções tecnológicas são capazes de tratar os resíduos e adotar medidas de incentivo para uma prática sustentável.
Conclusão
Compreender a arborização urbana é mais do que plantar árvores, mas também defender, cuidar e pensar nas cidades como função social e urbanística.
Por esse motivo, é de extrema importância cumprir as exigências legais. Além de executar o procedimento de maneira segura e correta, garantindo não só o bem-estar das pessoas, mas também das espécies.
Para saber mais sobre a temática, acompanhe o nosso blog!
Exati
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